Publicado em 09/10/2024 às 13h28.

Bolsonaro chama Lula de ‘defensor de terroristas’ e o culpa por embargos com Israel

Ex-presidente afirmou ainda que Lula "odeia Israel" e cobrou posicionamento de signatários da Carta pela Democracia

Fredie Ribeiro
Fotos: Marcelo Camargo e Valter Campanato/Agência Brasil

 

O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ser o responsável por dificultar as relações diplomáticas entre Brasil e Israel, em vista das constantes críticas feitas pelo mandatário à guerra que ocorre no Oriente Médio e às decisões do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no conflito. Ele ainda definiu Lula como um “defensor de terroristas do Hamas”.

Na publicação, divulgada em suas redes sociais nesta quarta-feira (9), Bolsonaro reproduz um vídeo com declarações feitas pelo Ministro da Defesa do atual governo, José Múcio, onde ele relata que por “questões ideológicas” uma licitação vencida por Israel não pode ser aprovada.

“A questão diplomática interfere na defesa, houve agora uma concorrência, uma licitação, venceram os judeus, o povo de Israel […] Com essa licitação pronta, por questões ideológicas nós não pudemos aprovar”, diz o ministro, que discursava em um evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizado na última terça (8).

Em um texto que acompanha o post, o ex-presidente critica o comportamento do Lula em torno do país médio-oriental, afirmando que o petista “detesta Israel” e cobrou um posicionamento daqueles que assinaram a Carta pela Democracia, um ato realizado por membros da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) durante as eleições gerais de 2022.

O documento alertava sobre os perigos das críticas feitas por Bolsonaro e seus aliados ao sistema eleitoral na época, apesar de não citá-los diretamente, à democracia e foi apoiado por diversas figuras tanto do meio intelectual, quanto do entretenimento.

“Os signatários da ‘Carta pela Democracia’ e outros poderiam nos mostrar que Lula estando ao lado de Irã, China, Coreia do Norte, Nicarágua, Cuba e Venezuela faz bem a economia do Brasil e as liberdades do seu povo”.

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