Publicado em 10/10/2024 às 13h10.

Inelegível, Bolsonaro terá mais palanque na TV do que Lula em capitais no 2º turno

Propaganda eleitoral no rádio e na televisão terá reinício nesta sexta (11)

Redação
Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

Inelegível, Jair Bolsonaro (PL) poderá aparecer na TV e nas redes sociais em campanhas eleitorais do segundo turno de pelo menos 13 capitais do Brasil. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a visibilidade deve ser maior do que a do atual presidente, Lula (PT), que viu seus palanques encolherem nas disputas para prefeituras.

A propaganda política reinicia nesta sexta-feira (11) com dois blocos de horário eleitoral de dez minutos cada e 25 minutos de inserções distribuídas ao longo da programação de rádio e televisão. O tempo é dividido de maneira igual pelos dois concorrentes em cada cidade.

De acordo com a Folha, Lula deve aparecer na propaganda de cinco candidatos, quatro do PT, em Porto Alegre, Fortaleza, Cuiabá e Natal, e um do PSOL, em São Paulo. Todos exibiram o padrinho em depoimentos na televisão no primeiro turno.

A campanha de Guilherme Boulos (PSOL), na capital paulista, foi a que mais fez isso até agora, o que deverá se repetir a partir desta sexta (11). Nesta quinta (10), o deputado federal viajou a Brasília para gravar com o presidente.

Em alguns locais, caso de São Paulo e Porto Alegre, partidos aliados calculam o risco de se vincularem ao ex-presidente, inelegível após condenação por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na eleição de 2022. Apesar disso, ele não está impedido de participar de campanhas nem de votar.

Na capital paulista, Bolsonaro apareceu na estreia do horário eleitoral de Ricardo Nunes (MDB), apenas em imagens de eventos com outros políticos. Não teve depoimento exibido, apesar de o ex-presidente ter indicado o vice da chapa Ricardo Mello Araújo (PL).

“Vou mergulhar de cabeça [na campanha]”, afirmou após Nunes terminar à frente de Boulos no primeiro turno.

Dirigentes do MDB, no entanto, avaliam que associação entre Bolsonaro e o prefeito pode virar munição para Boulos, que tenta repetir na cidade o embate entre Lula e o ex-presidente, do qual a esquerda saiu vencedora em 2022.

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