Ibovespa fecha em queda, na contramão de NY, com Petrobras e bancos; Vale sobe
Bolsas em NY fecham em alta; dólar comercial ganha 0,5%, indo a R$ 5,61
O Ibovespa (IBOV) fechou com menos 0,28%, aos 129.992,29 pontos, uma queda de 360,57 pontos, nesta sexta-feira (11). A semana terminou, assim, com perda de 1,37%. Já o dólar comercial aliviou, mas não tanto: alta de 0,50%, a R$ 5,61, depois de chegar a 5,653, um pico de mais de 1% de valorização. Os juros futuros (DIs) é que não aliviaram nada e subiram com amplitude por toda a curva, com mais de 2% na ponta longa, de acordo com informações do portal InfoMoney.
“É um momento no curto prazo de aversão ao risco no mercado internacional. No Brasil, isso reflete no preço do dólar. Mas tem um pouco de incerteza fiscal também”, disse Brayan Campos, da Manchester Investimentos. Segundo Matheus Spiess, da Empiricus, a Bolsa é penalizada por uma espiral negativa, que leva em consideração uma crise de credibilidade no cenário fiscal, a incerteza quanto à transição no Banco Central (BC) e a possibilidade de um afrouxamento monetário mais gradual nos Estados Unidos (EUA), entre outros fatores.
A projeção de uma desaceleração já prevista da atividade econômica no Brasil ganhou mais forma, com o setor de serviços pisando no freio: em agosto, a queda foi de 0,4% em agosto, após alta de 0,2% em julho (dado revisado para baixo). Essa foi a primeira retração observada desde fevereiro. Para a XP, os números de agosto reforçam a visão de que o setor crescerá no 3º trimestre, embora mantendo os sinais heterogêneos entre seus principais componentes. “Prevemos que o setor de serviços em geral aumentará 3,2% em 2024, acima do avanço de 2,4% registrado em 2023”.
“O alto nível das taxas de juros e o crescimento mais lento dos gastos públicos são fatores que contribuem para uma economia menos aquecida. Por outro lado, as famílias têm economias substanciais que devem amortecer esses efeitos”, disse o Bradesco BBI.
A inflação ao produtor nos EUA (PPI) veio mais comportada e novamente mexeu com a cabeça dos analistas. Na visão do presidente da gestora Multiplike, Volnei Eyng, os dados trazem alívio a preocupações de que o Fed poderia interromper o ciclo de cortes de juros: “um alívio para a economia global”.
Os principais índices em Nova York acabaram subindo, mesmo com os investidores de olho no início claudicante da temporada de balanços do 3T24, com o JPMorgan, que teve queda no lucro, e o Wells Fargo, que decepcionou na receita.
Ibovespa cai; Vale sobe
O alívio mesmo para o Ibovespa veio especialmente com a Vale (VALE3), que subiu amplos 1,44% e segurou o ímpeto baixista do índice. O varejo também contribuiu bastante para que o IBOV não despencasse, especialmente Lojas Renner (LREN3), que subiu 3,37% e foi uma das mais negociadas do dia.
Os varejistas, a bem da verdade, oscilaram muito durante o dia, olhando principalmente para baixo, mas ganharam fôlego na reta final, como é o caso de Magazine Luiza (MGLU3), que terminou com mais 2,61%. O Morgan Stanley atualizou suas recomendações para o setor de varejo no Brasil, destacando uma visão positiva para empresas com baixa alavancagem e boas estratégias no micro. A alta dos DIs também travou o setor hoje.
Outra que oscilou muito foi Azul (AZUL4), como tem sido frequente nas últimas semanas. A troca de sinais foi intensa hoje, até o fechamento com mais 2,07%. A combinação de negócios com a Gol (GOLL4) voltou à pauta dos conselhos entre as duas empresas, segundo o jornal Valor Econômico.
Entre os bancos, só mesmo BB (BBAS3) se destacou positivamente, com alta de 0,50%. Os demais, só derrota: Bradesco (BBDC4) caiu 1,33% e Itaú Unibanco (ITUB4) recuo de 0,75%. Ainda no setor financeiro, B3 (B3SA3) teve baixa de 0,56%.
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