Dólar vira e passa a ter leve baixa após dados do IBC-Br e comentários de Galípolo
Anúncio sobre estímulos na China deixou dúvidas sobre detalhes de iniciativas do governo

O dólar teve leve baixa ante o real nesta segunda-feira (14), devolvendo ganhos do início da sessão, conforme dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br) e comentários do futuro presidente do Banco Central (BC) faziam investidores voltar seu foco à política monetária doméstica, que oferece cenário positivo para a moeda brasileira, de acordo com informações do portal InfoMoney.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista caiu 0,19%, a R$ 5,6049 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,17%, a R$ 5,625 na venda.
Na sexta-feira (11), o dólar à vista fechou em alta de 0,55%, cotado a R$ 5,6156. Na semana, a divisa acumulou ganhos de 2,92%.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,601
Venda: R$ 5,602
Dólar turismo
Compra: R$ 5,644
Venda: R$ 5,824
O que aconteceu com o dólar hoje?
Após uma primeira hora de negociação onde as atenções estavam no exterior, investidores passaram a olhar para eventos econômicos locais, que ajudavam o real a recuperar as perdas acumuladas contra o dólar no início do dia.
Na frente de dados, o BC informou que o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,2% em agosto sobre o mês anterior, em leitura melhor do que a expectativa de estabilidade apontada em pesquisa da Reuters com economistas.
O resultado evidenciou a resiliência da atividade econômica no Brasil, favorecendo expectativa de novas altas na taxa de juros a fim de conter pressões inflacionárias.
O aumento da Selic, atualmente em 10,75% após o BC elevar a taxa em 25 pontos-base no mês passado, é positivo para o real, em tese, uma vez que amplia o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, em meio à expectativa de mais cortes de juros pelo Federal Reserve este ano.
“IBC-Br veio forte e acima da previsão do mercado. Isso tem um impacto direto nas decisões de política monetária”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
O mercado nacional também digeria comentários de Gabriel Galípolo, o diretor do BC que se tornará presidente da autarquia a partir de 2025, que apontaram para o compromisso da autoridade monetária da perseguição da meta de inflação de 3%.
Galípolo afirmou que a desancoragem das expectativas para os preços segue sendo uma preocupação e que a função de reação do BC sempre será de perseguir a meta de inflação.
Operadores colocam 99% de chance de o BC elevar os juros em 50 pontos-base em novembro.
“Acho que não houve surpresas na fala dele… Mas ele destacou uma posição do BC conservadora e acho que aí que o mercado viu algum indício sobre as próximas decisões do Copom”, afirmou Bergallo.
O real superava o desempenho de seus pares emergentes, que sofriam com a aversão ao risco no exterior, com investidores se mostrando decepcionados com notícias sobre o pacote de estímulo da China.
A força da moeda norte-americana no exterior ainda era sustentada pela consolidação das apostas de um afrouxamento monetário gradual por parte do Fed em suas próximas reuniões, após dados da semana passada mostraram uma inflação ao consumidor mais alta do que o esperado nos Estados Unidos (EUA).
Acompanhando o cenário externo, o real chegou a perder diante do dólar no início da sessão, com a divisa norte-americana atingindo uma máxima de R$ 5,6515 (+0,64%)
O índice do dólar =USD — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,18%, a 103,230 e seis divisas — subiu 0,18%, a 103,230.
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