Publicado em 15/10/2024 às 10h30.

Investimentos do BNDES em biocombustíveis chegam a R$ 3,9 bi, no maior patamar desde 2010

Naquele ano, as operações chegaram a 4,5 bi entre janeiro e outubro; Em 2023, no mesmo período, os investimentos contabilizavam R$ 1,3 bi

Redação
Foto Divulgação/ CGU

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atingiu neste ano o segundo maior patamar de investimentos em crédito para projetos de produção de biocombustíveis no Brasil, considerando uma série histórica iniciada em 2005. De janeiro a outubro de 2024, o banco aprovou o valor de R$ 3,9 bilhões em operações.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, um montante maior do que esse só foi registrado no período de janeiro a outubro de 2010 (R$ 4,5 bilhões), no segundo governo Lula (PT). Os dados do banco, aos quais a reportagem teve acesso, consideram valores nominais –sem a correção pela inflação. De janeiro a outubro do ano passado, as aprovações haviam somado R$ 1,3 bilhão.

Para José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, o crescimento em 2024 está associado diretamente à ampliação dos recursos do Fundo Clima, que recebeu R$ 10,4 bilhões em investimento após a assinatura de um contrato entre o banco e a União em abril, um aporte recorde desde a criação da iniciativa, em 2009. No fluxo do BNDES, a aprovação de crédito vem antes do desembolso dos recursos para as empresas.

O montante deve ser usado pelo BNDES para o financiamento de projetos voltados à mitigação de impactos das mudanças climáticas, o que pode incluir empréstimos para o ramo de biocombustíveis. “Isso [crescimento das aprovações] mostra a volta do BNDES ao apoio de uma agenda verde e importante, que é a dos biocombustíveis”, afirma Gordon.

O diretor associa a ampliação dos financiamentos ainda a uma politica mais industrial do governo federal e à demanda crescente por produtos como o etanol de milho. “O mundo precisa se descarbonizar”, diz. Ele ainda esclarece que empréstimos voltados para biocombustíveis contam com taxa fixa de 6,15% ao ano, mais o spread do banco.

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