Publicado em 15/10/2024 às 11h56.

Relatório da ONU aponta que Nicolás Maduro cometeu crimes contra a humanidade na Venezuela

Organização publicou um relatório nesta terça-feira (15) sobre o aumento “profundamente preocupante” nas violações de direitos humanos no país

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Um relatório publicado nesta terça-feira (15) pela Missão Internacional Independente de Investigação da Organização das Nações Unidas (ONU), concluiu que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cometeu crimes contra a humanidade. 

No documento, é relatado o aumento “profundamente preocupante” nas violações de direitos humanos e no crimes cometidos contra vítimas da repressão sem precedentes o governo venezuelano após o pleito presidencial de 28 de julho.

“Múltiplas e crescentes violações e crimes cometidos pelo governo venezuelano, forças de segurança e grupos civis armados pró-governo antes, durante e depois da disputada eleição presidencial de julho no país”, revela um trecho do documento. 

“Após as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, as autoridades intensificaram e aceleraram a forma mais dura e violenta de sua repressão, com o objetivo de silenciar as pessoas que se opunham ou que eram percebidas como tal. A repressão por agentes estatais e privados, com a aquiescência do Estado, que continua até hoje, gerou um clima generalizado de medo entre a população”, complementa.

O texto informa que as violações seriam parte de um plano para silenciar críticas e oponentes, destacando-se vítimas como mulheres, crianças e pessoas com deficiências.

De acordo com a ONU, presos políticos chegaram a ser ameaçados com torturado e até se autoincriminarem por crimes graves, como terrorismo, sem ter acesso a advogados. Estima-se que cerca de 25 pessoas foram baleadas e mortas e outras centenas ficaram feridas, enquanto “milhares foram detidas por simplesmente exercerem seu direito fundamental à liberdade de expressão”.

“Essas condutas ocorreram como parte do mesmo ataque generalizado e sistemático contra a população civil, em prol de uma política estatal de silenciar, desencorajar e sufocar a oposição ao governo do presidente Maduro ou em apoio a ele”, atesta o documento.

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