Publicado em 15/10/2024 às 14h46.

Boeing busca R$ 197 bilhões em fundos à medida que greve prejudica finanças

Fabricante está procurando reforçar suas finanças, prejudicadas por queda na produção do 737 MAX e uma greve de milhares de trabalhadores

Redação
Foto: Redes sociais

 

A Boeing apresentou nesta terça-feira (15) documentos ao órgão regulador do mercado de capitais nos Estados Unidos (EUA) para levantar até R$ 25 bilhões por meio de uma oferta de ações e dívidas e firmou um contrato de crédito de R$ 10 bilhões em meio a uma greve que tem paralisado a empresa e dívidas que estão se aproximando de seu vencimento.

De acordo com informações do portal InfoMoney, a fabricante de aviões está procurando reforçar suas finanças, que têm sido prejudicadas devido a uma queda na produção de seu jato 737 MAX, após um incidente com um pedaço da fuselagem do avião no início deste ano e uma greve de milhares de trabalhadores em curso desde 13 de setembro.

Não ficou claro quando e quanto a Boeing levantará por meio da oferta de ações, mas analistas estimam que a empresa precisa arrecadar algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões para conseguir manter suas classificações de crédito.

“Essas são duas medidas prudentes para apoiar o acesso da empresa à liquidez”, disse a Boeing, acrescentando que o contrato de crédito fornece acesso adicional de curto prazo à liquidez, à medida que navega por um “ambiente desafiador”.

“Esse registro oferece flexibilidade para que a empresa busque uma variedade de opções de capital, conforme necessário, para apoiar o balanço patrimonial da empresa durante um período de três anos”, afirmou a Boeing, referindo-se ao seu documento apresentado à SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA.

A empresa usará os fundos para fins corporativos gerais, de acordo com o documento. A fabricante de aviões tinha R$ 10,89 bilhões em caixa e equivalentes em 30 de junho.

A greve está custando à Boeing mais de US$ 1 bilhão por mês, segundo uma estimativa divulgada antes da companhia anunciar que cortará 17 mil empregos, ou 10% de sua força de trabalho global.

A fabricante de aviões já enfrentava problemas devido a um limite imposto por reguladores para a produção de suas aeronaves MAX após o incidente em janeiro envolvendo um de seus jatos.

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