Dólar passa a subir e se aproxima dos R$ 5,70 com commodities e incertezas em foco
Fiscal também está no radar dos investidores
O dólar registrou queda durante a manhã desta quarta-feira (16), mas logo passou a subir, seguindo a tendência de fortes ganhos de 1,3% da véspera, à medida que os mercados emergentes seguem sensíveis às perspectivas econômicas da China e ao risco de escalada nas tensões geopolíticas do Oriente Médio. Com isso, a divisa americana se aproxima dos R$ 5,70.
De acordo com informações do portal InfoMoney, o Banco Central (BC) fará nesta sessão leilão de até 14.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 9h58, o dólar comercial subiu 0,58%, a R$ 5,685 na compra e R$ 5,686 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,81%, a R$ 5,706.
Na terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,36%, cotado a R$ 5,6587.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,685
Venda: R$ 5,686
Dólar turismo
Compra: R$ 5,693
Venda: R$ 5,873
O que acontece com o dólar hoje?
A divisa brasileira já tinha sofrido com a forte valorização do dólar em mercados emergentes na sessão anterior, com a moeda norte-americana fechando em alta de 1,36%, a 5,6587 reais, o valor de fechamento mais alto em um mês.
Como fator principal para a pressão sobre moedas emergentes estão as quedas nos preços de commodities importantes, como o petróleo e o minério de ferro, em meio a notícias vindas da China, maior importador de matérias-primas do planeta, e do Oriente Médio, onde se teme a escalada das tensões.
Nesta sessão, a pressão das commodities parecia moderar um pouco, ainda que preços de produtos importantes seguissem em queda, e as atenções dos mercados globais se voltavam também a outros fatores, incluindo novos dados econômicos.
O dólar subia frente ao peso mexicano e se mantinha firme ante o peso chileno e o rand sul-africano.
O cenário externo continua incerto, com dúvidas sobre as perspectivas econômicas da China, o conflito no Oriente Médio e a eleição presidencial dos Estados Unidos em novembro.
“As moedas emergentes vêm sofrendo um bocado, ainda com dúvidas perante a solidez da economia chinesa… e em breve as eleições norte-americanas, que por sinal, no momento, mostram uma grande chance de Donald Trump vencer, o que pode dificultar ainda mais o cenário para essas moedas”, disse Marcio Riauba, gerente da mesa de operações de câmbio da StoneX.
As atenções se voltarão na quinta-feira a uma nova entrevista à imprensa do governo chinês, com investidores na expectativa por anúncio de medidas de estímulo para o setor imobiliário.
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