Publicado em 16/10/2024 às 15h23.

Dia Mundial de Combate à Dor: conheça os tipos de dor e os avanços no tratamento

Os ortopedistas David Sadigursky e Thiago Alvim, sócios da Clínica Omane, explicam que, diferentemente da dor aguda, a dor crônica persiste mesmo após a resolução de uma lesão tecidual aguda ou pode estar associada a uma lesão que não se cura

Redação

A dor é uma experiência inerente à vida humana, afinal, em algum momento, todas as pessoas já sentiram alguma dor. No entanto, para algumas, a dor persiste por meses ou até anos, caracterizando-se como dor crônica. De acordo com a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), mais de 60 milhões de brasileiros sofrem com esse tipo de dor. Por isso, o Dia Mundial de Combate à Dor, comemorado nesta quinta-feira (17/10), tem como objetivo alertar a população sobre esse grave problema de saúde pública e apontar os caminhos possíveis para viver com mais qualidade.

Diferente da dor aguda, que desaparece quando o corpo se recupera após o tratamento adequado, a dor crônica persiste mesmo após a resolução de uma lesão tecidual aguda ou pode estar associada a uma lesão que não se cura. É o que explicam os ortopedistas David Sadigursky e Thiago Alvim, sócios da Clínica Omane e pesquisadores na área de terapia celular.

“A dor crônica pode ter diversas causas, geralmente associadas a doenças degenerativas, lesões mal curadas ou condições que não foram tratadas de forma adequada. Em alguns casos, a dor pode persistir mesmo sem um estímulo físico evidente, como uma lesão tecidual, sendo interpretada diretamente pelo cérebro. Entre os exemplos mais comuns de dor crônica estão artrose, tendinites, bursite, hérnia de disco, lesões por esforço repetitivo, sequelas de acidentes, fibromialgia, danos nos nervos, câncer e dores prolongadas após cirurgias”, esclarecem os médicos.

Segundo os pesquisadores, a rotina das pessoas que sofrem com dor crônica é profundamente afetada, limitando a realização de atividades diárias e prejudicando as relações sociais e de trabalho, muitas vezes evoluindo para isolamento e depressão. “O maior desafio da ortopedia regenerativa contemporânea está em conseguir estimular a capacidade natural do corpo de se regenerar e reparar tecidos danificados. Dessa forma, buscamos resolver a causa subjacente da dor, em vez de nos limitarmos a apenas controlar os sintomas”, destaca David Sadigursky, ortopedista com foco em intervenção da dor com estudos em terapia celular.

Diagnóstico

Para realizar um diagnóstico correto da dor crônica, é necessário mapear os sintomas, fazer uma análise clínica detalhada e solicitar exames para confirmar a suspeita diagnóstica, afirma o ortopedista com foco em intervenção da dor com estudos em terapia celular, Thiago Alvim. “Diante do avanço da medicina diagnóstica e das alternativas de tratamento minimamente invasivas, é possível reduzir, em muitos casos, a necessidade de cirurgias. A primeira opção sempre é o tratamento conservador e, para isso, dispomos de tecnologia de ponta para intervir na dor de forma precisa e personalizada”, acrescenta Thiago.

Tratamento

O tratamento de dores crônicas pode incluir diversas abordagens, como terapias ortobiológicas e tecnologias avançadas, que permitem adaptar as intervenções de acordo com as necessidades específicas de cada paciente e promovem uma melhora significativa da saúde musculoesquelética, explica David.

“Aqui na Clínica Omane, temos o primeiro laboratório de manipulação celular do Nordeste, dedicado à pesquisa de terapia celular para o tratamento de lesões ortopédicas, aprovado em Comitê de Ética e pesquisa”, afirma o médico e pesquisador, que também atua como diretor do centro de estudos em terapias celulares da Omane e realiza tratamentos gratuitos para pacientes do SUS que participam dessa pesquisa.

As terapias biológicas mais pesquisadas e utilizadas na ortopedia são o PRP (Plasma Rico em Plaquetas), que utiliza as próprias plaquetas do paciente para acelerar o processo de cicatrização e regeneração dos tecidos, e células mesênquimais (células-tronco), que são usadas para promover a regeneração de tecidos danificados e têm mostrado resultados promissores no tratamento de lesões ortopédicas e doenças degenerativas.

Sobre o Dr. David Sadigursky

Dr. David Sadigursky é ortopedista graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, mestre em Cirurgia do Joelho pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorando pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Ele realizou fellowship em Doenças da Cartilagem e trauma esportivo na Harvard Medical School, em Boston, EUA, e em cirurgia ortopédica de artroplastia do joelho no Hospital CLINIC, em Barcelona, Espanha. Possui pós-graduação em Clínica da Dor pelo CTD e em Intervenção em Dor pela Universidade da Coreia, em Seul. É membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE). Participa ativamente da Sociedade Internacional de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Esporte (ISAKOS) e é membro associado das sociedades de dor e medicina regenerativa, como SBRET, SBED e SOBRAMID. Atualmente, é sócio da Clínica Omane e diretor do centro de estudos em terapias celulares.

Sobre o Dr. Thiago Alvim

Dr. Thiago Alvim é ortopedista, graduado em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina. Ele completou residência em Ortopedia e Traumatologia na Santa Casa de São Paulo e realizou um fellowship em Traumatologia Esportiva no Centre Orthopédique Santy, em Lyon, França. Foi Médico Assistente Concursado e Preceptor do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário Edgard Santos – UFBA (2018-2022). Obteve o título de Mestre em Biotecnologia pela UFBA, com linha de pesquisa em Terapias Biológicas, e atualmente é pós-graduando em Medicina Regenerativa na ORTHOREGEN. É professor da Pós-graduação em Ortopedia Biológica e Integrativa na Plenitude Educação e autor de capítulos de livro e artigos científicos publicados em revistas de Ortopedia. Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque (SMBTOC) e da Associação Brasileira de Ultrassonografia Musculoesquelética (ABUM), ele é referência em soluções inovadoras para procedimentos médicos menos invasivos e atua na ortopedia regenerativa, sendo sócio da Clínica Omane.

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