Dólar devolve ganhos e fecha abaixo de R$ 5,70 com promessas de contenção de gastos
Em uma sessão de agenda esvaziada, investidores voltaram as atenções para Brasília em busca de pistas sobre o que governo federal fará para cumprir meta fiscal
O dólar à vista fechou com leve alta de 0,14% nesta quarta-feira (16), com o mercado ponderando de um lado o avanço da moeda norte-americana no exterior e de outro as reiteradas promessas do governo Lula de contenção de despesas, de acordo com informações do portal InfoMoney.
A divisa brasileira já tinha sofrido com a forte valorização do dólar em mercados emergentes na sessão anterior, com a moeda norte-americana fechando em alta de 1,36%, a R$ 5,6587, o valor de fechamento mais alto em um mês.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial fechou com leve alta de 0,14%, a R$ 5,664 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) tinha alta de 0,22%, a 5.672,50 pontos.
Na terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,36%, cotado a R$ 5,6587. Em outubro, a divisa acumula alta de 3,94%.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,664
Venda: R$ 5,664
Dólar turismo
Compra: R$ 5,696
Venda: R$ 5,876
O que acontece com o dólar hoje?
Em uma sessão de agenda esvaziada, os investidores voltaram novamente as atenções para Brasília nesta quarta-feira (16), em busca de pistas sobre o que o governo federal fará para cumprir a meta fiscal de 2024, obedecendo ao arcabouço fiscal.
Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a agenda de revisão de gastos públicos é tema a ser tratado com prioridade pelo governo até o fim do ano. Segundo ele, serão propostas de medidas “consistentes” para que o arcabouço fiscal tenha vida-longa.
“As pessoas ficam cobrando anúncio. Nós faremos isso quando o governo estiver todo alinhado em relação aos propósitos… O que está traçado daqui para o final do ano é que essa agenda seja prioritária. Nem estou falando em corte, eu quero muito mais uma calibragem da dinâmica da evolução dos gastos para caber dentro do arcabouço fiscal e nós seguirmos a vida com o juro mais baixo, crescimento, geração de emprego”, disse Haddad.
No mercado, porém, é justamente a ausência de um anúncio de medidas concretas que causa desconforto, assim como a percepção de que o governo não tem um discurso único em relação ao tema.
“O debate interno em torno do fiscal se tornou público. Enquanto Haddad diz que vai ter um grande ajuste fiscal, Tebet indica que é para segurar a expectativa. Fala-se em retirar as estatais do Orçamento, mas Haddad diz o contrário. É tanta informação desencontrada que passa a ideia de que o governo não tem uma unanimidade sobre como atacar a questão fiscal”, comentou Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research.
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