Ao lado de Lula, Adolfo Menezes diz que ‘educação não é gasto; é investimento’

“O presidente Lula está certíssimo. Dinheiro com saúde e educação não são gastos, mas investimentos. Sem um investimento maciço em educação, vamos continuar patinando no mundo entre o sub-desenvolvimento e o desenvolvimento. Temos que fazer como a Coreia do Sul, que investe quase 8% do seu PIB em educação, enquanto no Brasil é de cerca de 5% – sendo que são pouco mais de 51 milhões de coreanos, enquanto somos mais de 212 milhões de habitantes”, disse o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Adolfo Menezes, ao participar nesta quinta-feira (17), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ampliação do programa “Pé-de-Meia”, em cerimônia no Parque de Exposições, em Salvador.

O “Pé-de-Meia” incentiva alunos do ensino médio a permanecerem na escola com R$ 200 mensais. Na Bahia, 272 mil alunos recebiam o benefício. Com a ampliação do programa, 406 mil estudantes do ensino médio serão beneficiados.

“É um grande esforço, inclusive de natureza fiscal, para que possamos fazer alguma coisa para tirar os nossos jovens do caminho das drogas e da marginalidade. Quando a moça ou o rapaz desiste da escola, na maioria das vezes, é porque tem que trabalhar, tem que ajudar a complementar a renda familiar. Além dos casos, é claro, dos que são seduzidos facilmente pelo dinheiro do tráfico. O programa, claro, não resolve o problema, mas é uma arma a mais para que a educação seja mesmo prioridade na nossa sociedade”, disse o chefe do Legislativo estadual.

O raciocínio de Adolfo é similar ao do presidente Lula: “Tem muita gente que acha que nós estamos gastando muito dinheiro. Primeiro, eu não acho que é gasto, é investimento. Segundo, ficaria muito mais caro gastar fazendo cadeia para prender a meninada que não teve oportunidade de investir na escola”, discursou o presidente da República.

Ampliado para alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e para estudantes do ensino médio de famílias com renda de até meio salário mínimo, e inscritas no CadÚnico, o programa prevê o pagamento de R$ 815 milhões, até o fim de 2024, em incentivos aos estudantes baianos.