Publicado em 18/10/2024 às 09h44.

Exportações brasileiras para China caem em setembro, aponta Icomex

Na contramão, volume de exportações para Argentina e Estados Unidos cresceu no último mês

Redação
Foto: Wilson Sons/assessoria

 

O Indicador de Comércio Exterior (Icomex) da Fundação Getulio Vargas divulgou nesta sexta-feira (18) os dados da balança comercial do mês de setembro, que registrou um superávit de US$ 5,4 bilhões, número inferior ao de igual período em 2023, quando foi registrado US$ 9,2 bilhões. No mês, foi registrada uma queda nas exportações para a China, enquanto as vendas os Estados Unidos e para a Argentina apresentaram crescimento.

Segundo matéria do InfoMoney, o relatório detalha que após meses seguidos de recuo nas exportações, em um comparativo interanual entre 2023 e 2024, as exportações para a Argentina aumentaram em valor +25,4%, em setembro. Esse resultado é explicado especificamente pelo aumento de volume (+34,1%), uma vez que os preços caíram -5,8% no período.

Por outro lado, as vendas externas para a China apresentaram uma queda de 9,7% no volume e de 20,7% em valores em setembro. “Observa-se que, após variações acima de 30% nos dois primeiros meses do ano, o crescimento das exportações para a China desacelerou e recuou na comparação de agosto e setembro, com percentuais acima de 20%”, comenta a FGV no texto.

Entre os 5 principais produtos exportados para a China, quatro deles registraram queda em valor (petróleo, soja em grão, minério de ferro e carne bovina). A pasta química de madeira, o quinto principal produto de exportação, cresceu em valor +21,5%.

Já para os EUA, o volume exportado avançou 8,9%, quanto a alta em valores foi de 5,5%. O principal produto exportado para os Estados Unidos foi aeronaves, com variação de +34% entre os meses de setembro. Apontados como fatores decisivos para o aumento na indústria de transformação, as exportações do setor automotivo, das aeronaves e de outros produtos manufaturados apresentaram, em termos de valor, alta de +16,8% entre os meses de setembro, o que levou a um aumento da sua participação de 49,5% para 57,7%, na comparação desses meses entre 2023 e 2024.

A projeção da Secretaria de Comércio Exterior para a balança comercial de 2024 é de um superávit de US$ 70,4 bilhões, as a projeção pelo modelo da FGV/Ibre é de um saldo positivo US$ 79,8 bilhões.

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