Publicado em 18/10/2024 às 10h58.

Ministério da Saúde compara vício em bets com o alcoolismo e dependência química

Pasta defende que o tratamento para o vício em apostas deve ser equiparado ao oferecido a alcoólatras e usuários de drogas

Redação
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

 

O Ministério da Saúde enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo que o tratamento para o vício em jogos deve ser equiparado ao oferecido a alcoólatras e dependentes químicos. O documento foi anexado à ação que discute a legalidade das apostas online no Brasil, e o relator da matéria, ministro Luiz Fux, agendou uma audiência pública para o dia 11 de novembro.

A pasta indicou uma representante para participar da audiência e citou a importância de um tratamento especializado. Em nota técnica da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, afirma-se que “o cuidado deve ser orientado por intervenções semelhantes àquelas voltadas ao uso de álcool e outras drogas, considerando suas especificidades”.

O documento também menciona a existência de uma “relação direta entre sofrimento mental e o comportamento de jogo problemático”, ressaltando que o vício pode gerar problemas de saúde mental ou agravar condições pré-existentes. Nesse contexto, o Ministério defende que os serviços da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) devem ser “qualificados e fortalecidos para atender às demandas relacionadas ao jogo”.

Embora o Ministério reconheça a necessidade de mais adaptações nos serviços, a pasta afirma que todas as unidades de saúde mental do Sistema Único de Saúde (SUS) estão aptas a acolher apostadores compulsivos e oferecer o tratamento adequado.

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