Publicado em 05/11/2024 às 12h20.

Após ameaças a Ceni, Bahia diz que autores serão alvo de medidas judiciais e policiais

Clube já comunicou caso à Secretaria de Segurança Pública; torcedores penduraram boneco com rosto do treinador em viaduto nos arredores da Fonte Nova

Alexandre Santos
Foto: Reprodução/Redes sociais

 

O Bahia anunciou que está adotando medidas judiciais e policiais diante de ameaças direcionadas a atletas e funcionários do clube. O caso já foi comunicado à SSP (Secretaria de Segurança Pública) a fim de que os autores sejam identificados e responsabilizados. O Tricolor encara o São Paulo nesta terça-feira (5), às 21h30, na Fonte Nova, pela 32ª rodada do Brasileirão.

“O Bahia vem a público manifestar seu repúdio aos inaceitáveis atos de ameaças sofridos por seus funcionários através das redes sociais nas últimas horas. A atitude não representa nossa história, nossa essência e principalmente nossa torcida. Respeitamos o direito de protestar, mas condenamos todas as manifestações com teor agressivo e que coloquem em risco a vida de seus representantes, sejam eles dirigentes, membros da comissão técnica ou jogadores”, diz o Esquadrão em nota (leia abaixo a íntegra).

Durante a madrugada, torcedores penduraram um boneco com o rosto do técnico Rogério Ceni em um viaduto próximo à Fonte Nova.

Uma faixa colocada no mesmo local exibia frases como “Acabou a paz”, “Time Covarde” e “Ceni Burro”. Um vídeo publicado por Yuri Santana, do Canal do Puco, mostra um homem chutando o boneco alusivo ao treinador. As imagens circulam em aplicativos de mensagens.

Ninguém havia sido identificado até a publicação deste texto.

O Bahia lamentou o fato de as ameaças ocorreram no mesmo dia do lançamento de uma campanha nacional de combate à violência no futebol.

“Coincidentemente, na partida desta noite, Bahia, São Paulo e Ministério do Esporte realizam a campanha chamada de ‘Cadeiras Vazias’, que visa alertar sobre as várias formas de violência que afastam o público do futebol, desde agressões letais até outros atos graves, como racismo, homofobia, xenofobia, violência contra a mulher e intolerância religiosa.”

No confronto contra o São Paulo, 384 cadeiras da Fonte Nova permanecerão vazias e cobertas com camisas de diversos times brasileiros.

O número simboliza o total de vítimas da brutalidade fora dos gramados entre 1993 e 2023, conforme levantamento do jornalista esportivo Rodrigo Vessoni.

A iniciativa faz parte da campanha Cadeiras Vazias e do Movimento de Ocupação pela Paz no Futebol.

Leia abaixo a íntegra da nota:

“O Bahia vem a público manifestar seu repúdio aos inaceitáveis atos de ameaças sofridos por seus funcionários através das redes sociais nas últimas horas. A atitude não representa nossa história, nossa essência e principalmente nossa torcida.

Respeitamos o direito de protestar, mas condenamos todas as manifestações com teor agressivo e que coloquem em risco a vida de seus representantes, sejam eles dirigentes, membros da comissão técnica ou jogadores.

Aqueles que forem identificados como responsáveis por atos de violência ou ameaça serão submetidos às medidas judiciais e policiais cabíveis e às autoridades competentes. Inclusive, o Bahia já está em contato com a Secretaria de Segurança Pública.

Coincidentemente, na partida desta noite, Bahia, São Paulo e Ministério do Esporte realizam a campanha chamada de ‘Cadeiras Vazias’, que visa alertar sobre as várias formas de violência que afastam o público do futebol, desde agressões letais até outros atos graves, como racismo, homofobia, xenofobia, violência contra a mulher e intolerância religiosa.”

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