Publicado em 12/11/2024 às 12h55.

Alden acusa comandante da PM de perseguir desafetos e diz que acionou MP contra oficial

Procurada, corporação não se manifestou; órgão não confirmou informação sobre representação

Redação
Fotomontagem: Assessoria/Capitão Alden/Divulgação/PM

 

O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) afirmou ter acionado o MP-BA (Ministério Público da Bahia) para apurar supostos atos de improbidade administrativa e abuso de poder praticados pelo comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho. Na representação, Alden acusa o oficial de usar o posto hierárquico para perseguir desafetos dentro da corporação.

Procurada pelo bahia.ba, a Polícia Militar não se manifestou.

Alden diz que a representação foi protocolada no MP em 22 de outubro. A reportagem pediu uma confirmação oficial do órgão, mas não houve resposta.

Em entrevista à Itapoan FM na segunda-feira (12), o deputado bolsonarista afirmou que os elementos apresentados ao MP são “bastante contundentes”. Ele diz que o documento descreve fatos com datas e locais no quais Coutinho teria utilizado efetivo, viaturas e combustível para comparecer a duas audiências de julgamento de mandados de segurança de desafetos pessoais. Os deslocamentos ao TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia), segundo o deputado, ocorreram durante o horário de serviço do comandante.

De acordo com Alden, em uma dessas ocasiões, em 16 de outubro, a Grande Salvador havia registrado 15 homicídios num intervalo de 24 horas, número recorde no ano.

Na representação, o deputado diz que, “enquanto Coutinho e sua equipe assistiam aos julgamentos no TJ, em ambiente climatizado e seguro, a população baiana seguia exposta à crescente insegurança pública”.

“Entrei com essa ação porque, nas sessões de julgamento, Coutinho compareceu fardado e levava cerca de 40 oficiais, que foram desviados do serviço para acompanhá-lo. Inclusive, no dia em que um ônibus foi incendiado em Salvador, todos estavam no Tribunal de Justiça”, afirmou Alden.

Conforme o deputado, Coutinho também teria perseguido um tenente coronel de forma a desabilitá-lo a concorrer a uma promoção a coronel.

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