Publicado em 14/11/2024 às 14h05.

Prévia do PIB, IBC-Br mostra economia resiliente e traz alerta para risco de inflação

Índice de Atividade Econômica do Banco Central é visto com otimismo, mas há ponderação sobre o tema levando em conta cenário para juros

Redação
Foto: reprodução/site do FGV Ibre

 

Os analistas da XP Investimentos, Genial Investimentos e Goldman Sachs avaliaram os dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) com visões otimistas sobre a atividade econômica, mas ressaltaram que a desaceleração poderá ocorrer de forma gradual nos próximos meses. O IBC-Br, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do BC, registrou uma alta de 0,84% em setembro em comparação ao mês anterior, superando as expectativas do mercado e demonstrando adaptabilidade da economia brasileira mesmo diante de uma política monetária restritiva, conforme os especialistas, de acordo com informações do portal InfoMoney.

O indicador, que serve como uma proxy mensal para o PIB, registrou um aumento de 5,1% em relação a setembro de 2023 e atingiu um crescimento acumulado de 3% nos últimos 12 meses.

Os três relatórios convergem na análise de que a economia brasileira tem mostrado resiliência, mas indicam que uma desaceleração gradual deve ocorrer, ainda que com uma dinâmica menos acentuada do que o mercado esperava.

As projeções de crescimento para este ano se mantêm otimistas, mas os analistas alertam para os riscos inflacionários e a possibilidade de ajustes na política monetária em função da atividade econômica persistente.

A XP Investimentos destaca que o IBC-Br apresentou um crescimento de 1,1% no terceiro trimestre e que, apesar da desaceleração esperada, os principais setores da economia seguem em terreno positivo. Com revisões nos meses anteriores que elevaram os dados de julho e agosto, o carry-over, que representa o impacto da variação econômica de um período a outro, para o último trimestre do ano é de 0,6%. A XP mantém sua projeção de crescimento de 3,1% para o PIB neste ano, com viés de alta, mas prevê uma desaceleração em 2025, estimando um aumento de 1,8% no PIB devido à restrição fiscal e ao aperto monetário.

Para o Goldman Sachs, o desempenho acima do esperado em setembro reforça a expansão de 1,12% no terceiro trimestre em relação ao segundo. A instituição diz que os efeitos positivos de estímulos fiscais e aumento do salário-mínimo, embora ressalte os desafios impostos pela política monetária restritiva e altos níveis de endividamento familiar. Os analistas do banco também indicaram um carry-over de 0,6% para o último trimestre e projetou um crescimento anual de 3,4% para 2024, beneficiado pela resiliência da demanda doméstica.

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