“Eu luto pelos meus”, afirma Ana Patrícia ao defender o piso salarial ético na advocacia baiana

Durante a sabatina promovida pelo site BNews, que seria um debate sobre as eleições da OAB-BA, a candidata Ana Patrícia, da chapa Muda OAB 52, criticou a ausência de um piso salarial para os advogados do estado. A Bahia, segundo ela, é o único estado do Brasil sem um piso salarial para a classe, deixando os profissionais vulneráveis a condições precárias de trabalho.

Ana Patrícia destacou que a falta de um piso salarial prejudica principalmente os jovens advogados e a advocacia interiorana, setores que enfrentam dificuldades ainda mais acentuadas. “Grande não são os escritórios. Grande é a advocacia, que sofre em um estado que não tem piso salarial, que sofre por ser a advocacia mais pobre do Brasil”, afirmou.

A advogada declarou que a criação de um piso ético não depende de legislação estadual, mas sim de uma decisão política da OAB. Em outros estados, a fixação do piso foi implementada por meio de deliberações internas, e ela acredita que a Bahia pode seguir o mesmo caminho. “O piso é respeito. Nós não dependemos do governador e de absolutamente nada, salvo a vontade política da OAB”, enfatizou.

Ana Patrícia também apontou que advogados chegam a receber quantias simbólicas de 10 reais por audiência, um cenário que ela considera inadmissível. Para ela, a implementação do piso ético deve vir acompanhada de medidas para fiscalizar, regularizar e até judicializar casos de descumprimento.

De forma categórica, Ana Patrícia garantiu que a implementação do piso ético será uma prioridade para 2025. “Nós vamos ter em 2025. Porque o piso é respeito”, assegurou. “Eu luto pelos meus. Se nós não tivermos vontade política e força para enfrentar uma situação de tamanho desrespeito, seria muito melhor eu aceitar os ataques violentos que eu recebi desde 2021, porque eu não preciso, verdadeiramente, dessa reestruturação para organizar a minha carreira profissional”, frisou.