Israel e Hezbollah se acusam de romper cessar-fogo um dia após acordo entrar em vigor
Exército libanês afirmou que Israel fez ataques ‘várias vezes’ desde que trégua começou a valer
Pouco mais de 24 horas após o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah entrar em vigor no Líbano, ambas as partes se acusaram nesta quinta-feira (28) de violação do acordo de trégua, de acordo com informações do portal g1.
O Exército do Líbano — o corpo que ficou áresponsável por monitorar o sul do Líbano, de onde Israel e Hezbollah devem sair — disse que as forças israelenses violaram o cessar-fogo “diversas vezes” entre quarta-feira, quando a trégua começou a valer, e esta quinta-feira.
O próprio governo israelense admitiu ter realizado ataques aéreos no sul do Líbano, mas disse que alvejou umum suposto depósito de foguetes do Hezbollah na região.
O Exército do Líbano — o corpo que ficou à responsável por monitorar o sul do Líbano, de onde Israel e Hezbollah devem sair — afirmou que as forças israelenses violaram o cessar-fogo “diversas vezes” entre quarta-feira, quando a trégua começou a valer, e esta quinta-feira.
O próprio governo israelense admitiu ter realizado ataques aéreos no sul do Líbano, mas disse que alvejou umum suposto depósito de foguetes do Hezbollah na região.
Fontes da agência de notícias Reuters no Líbano afirmaram que tanques israelenses fizeram nesta manhã duas rodadas de disparos na cidade libanesa de Markaba, no sul — pelo acordo de cessar-fogo, os dois lados se comprometaram a interromper conflitos por 60 dias e se retirar do sul do Líbano, onde os confrontos vinham acontecendo.
O Exército de Israel alegou que reagiu ao descobrir que veículos com suspeitos estavam em “diversas áreas” do sul do Líbano, o que “constitui uma violação” do acordo de cessar-fogo por parte do Hezbollah.
No fim da noite de quarta-feira (27), Israel impôs um toque de recolher a moradores do sul do Líbano para poder controlar a possível movimentação de tropas do Hezbollah.
A alegação de Israel de que o Hezbollah rompeu o acordo se baseia em um dos pontos mais questionados do acordo, o de que as forças israelenses poderiam reagir caso julgassem que o grupo extremista segue com operações no sul do Líbano.
Pelo acordo, as tropas dos dois lados se retirarão gradualmente do sul do Líbano, a região que faz fronteira com Israel e que é reduto do Hezbollah. Agora, tropas do próprio Exército libanês e da ONU serão responsáveis pela segurança da região, com supervisão dos Estados Unidos (EUA) e da França, que mediaram o acordo.
A guerra no Líbano, que acontece desde setembro deste ano, estourou após as tensões aumentarem entre Israel e o Hezbollah, grupo extremista financiado pelo Irã que surgiu no sul do Líbano com o objetivo de lutar contra tropas israelenses.
A ideia do cessar-fogo é dar um fim gradual ao atual conflito, que, segundo o Ministério da Saúde do Líbano, já deixou mais de 3.500 civis mortos, a maioria durante bombardeios de Israel no sul e na capital Beirute.
Já na Faixa de Gaza, onde os conflitos não cessaram, Israel bombardeou diversas áreas do território nesta quinta-feira. A ofensiva deixou 17 mortos, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
Os bombardeios aconteceram em Beit Lahiya, no norte de Gaza, em Khan Younes, no extremo sul, e no campo de refugiados de Nurseirat.
Na quarta-feira, o Hamas, grupo terrorista que controlava a Faixa de Gaza antes da guerra, se disse pronto para uma trégua também em Gaza. O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que faria uma nova tentativa de um acordo para o território palestino.
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