Publicado em 03/12/2024 às 17h55.

Presidente da Coreia do Sul suspende lei marcial após rejeição do parlamento

A lei foi rejeitada por unanimidade pelos 190 parlamentares presentes

Redação
Foto: SOUTH KOREA PRESIDENT OFFICE

 

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou na tarde desta terça-feira (3) que acatará a decisão do Parlamento e suspenderá a Lei Marcial que ele havia imposto horas antes no país.

A decisão do Parlamento sul-coreano de rejeitar o decreto foi uma resposta rápida ao que foi visto como o maior desafio à democracia do país desde a década de 1980. A medida gerou protestos, com centenas de manifestantes se reunindo em frente à Assembleia Nacional.

O decreto de Yoon, que ele afirmou ter sido direcionado aos seus opositores políticos, foi amplamente contestado. A lei foi rejeitada por unanimidade pelos 190 parlamentares presentes.

De acordo com a legislação sul-coreana, o presidente é obrigado a suspender imediatamente a Lei Marcial caso o Parlamento vote pela sua revogação, o que ocorreu com uma maioria. Inclusive, o próprio partido de Yoon o pressionou a suspender o decreto.

Yoon Suk Yeol, eleito presidente em 2022 pelo conservador Partido do Poder Popular, assumiu a presidência após uma eleição apertada, derrotando o rival Lee Jae-myung, do Partido Democrata, por menos de um ponto percentual. Antes de entrar na política, Yoon foi promotor por 27 anos. Ao contrário de seu antecessor, Moon Jae-in, que favorecia o diálogo com a Coreia do Norte, Yoon adotou uma postura mais firme, prometendo fortalecer o exército sul-coreano e até sugerindo ataques preventivos caso houvesse sinais de uma ameaça contra Seul.

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