Publicado em 12/12/2024 às 13h50.

Tesouro Direto: taxas retomam alta e prefixado paga 14,62% após Copom endurecer tom

Movimento acontece principalmente com os papéis de curto prazo, mais sensíveis às decisões de política monetária

Redação
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

 

Após dois dias de as taxas dos títulos públicos do Tesouro Direto voltaram a ser negociadas em alta nesta quinta-feira (12), na esteira de uma nova decisão do Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom), que elevou a Selic em um ponto percentual na véspera, a 12,25% ao ano. As informações do portal InfoMoney.

O mercado considerou a medida um tanto inesperada, especialmente considerando o tom mais duro do comunicado que acompanhou a decisão, apontando para mais altas desse teor ao longo de 2025. Para analistas, o BC sinaliza que a Selic poderá encerrar o ano que vem em 15%, refletindo as preocupações com a trajetória da inflação.

Em reação, o Tesouro Prefixado opera com taxa de 14,62% ao ano no vencimento de 2027, ante 14,34% na quarta-feira. O papel que vence em 2031 também paga mais, e volta a flertar com o patamar de 14% ao ano: 13,92% hoje, contra 13,71% um dia antes. Movimento similar no título com juros semestrais e vencimento em 2035, cuja taxa subiu de 13,39% para 13,58%.

Entre os papéis de inflação, a alta na remuneração se deu apenas no papel mais curto, que costuma refletir mais as decisões de política monetária. O Tesouro IPCA+ 2029 paga 7,30% na parte prefixada, alta de 0,7 ponto percentual em relação ao encerramento da sessão de ontem.

Economistas avaliam, por outro lado, que o choque de juros anunciado pelo Copom deve ajudar na transição de comando do Banco Central, com Gabriel Galípolo, que votou a favor da alta de 1 p.p., ganhando tempo e começando a trabalhar num ambiente de mais credibilidade enquanto o ajuste está sendo feito.

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