Publicado em 16/12/2024 às 15h26.

Mourão admite plano golpista, mas classifica como “troço sem pé nem cabeça”

Ex-vice de Bolsonaro reconheceu conspiração, mas negou existência de ações práticas para concretizar golpe de Estado em 2022

Redação
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

O ex-vice-presidente da República, senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que é general das Forças Armadas, admitiu conspirações para trama golpista do governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o militar, houveram encontros para discutir o golpe de Estado em 2022, quando o presidente Lula (PT) saiu vencedor na disputa eleitoral, mas as reuniões “não levaram a nenhuma ação”.

“Na linguagem militar, nós definimos como ‘ações táticas’ tudo aquilo em que há movimento. Não houve nada disso. Houve pensamento, não passou disso. […] É uma conspiração bem tabajara, conversas de WhatsApp”, disse Mourão em entrevista ao jornal O Globo.

O ex-vice de Bolsonaro, entre 2019 e 2022, ainda desqualificou as investigações da Polícia Federal (PF), que revelaram a tentativa de execução de Lula, do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Acho essas questões totalmente fora do contexto. Essa investigação da PF, que levou praticamente dois anos, é um escarafunchar de conversas de WhatsApp e de algumas mensagens de e-mails trocados. A gente nunca sabe o contexto em que isso foi efetivamente tratado”, iniciou.

“E também me chama atenção a questão de que eles diziam ‘vamos ter armas, mas vamos matar por envenenamento’. Então pra que ter arma? São coisas surreais, na minha visão. Os que em estão indiciados me parece um grupo pequeno e que não tinha a mínima condição de executar aquilo que em tese estaria dito que eles iriam executar”, concluiu Mourão.

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