Dino analisará explicações da Câmara sobre emendas de comissão neste sábado (28)
A Casa aguarda o posicionamento do ministro para verificar se as respostas apresentadas são suficientes e, principalmente, se as emendas permanecerão suspensas ou liberadas
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), começará neste sábado (28) a analisar as explicações apresentadas pela Câmara dos Deputados sobre o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.
Segundo informações da coluna de Jussara Soares, na CNN, as respostas foram enviadas pela Câmara na noite desta sexta-feira (27), dentro do prazo estabelecido, que terminava às 20h. Com o envio da petição, a Câmara aguarda o posicionamento de Dino para verificar se as respostas apresentadas são suficientes e, principalmente, se as emendas permanecerão suspensas ou serão liberadas.
No documento, a Câmara argumenta que, antes da edição da Lei Complementar nº 210, de 2024, não havia exigência legal para que as indicações de emendas de comissão fossem votadas previamente pelas comissões.
A Câmara também destacou que o processo seguiu pareceres favoráveis de órgãos do Executivo, como os ministérios da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, da Gestão, além da Casa Civil e da Advocacia-Geral da União (AGU).
“Reitera-se a plena legalidade do procedimento adotado pelos líderes do Congresso Nacional, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal, sob orientação jurídica dos ministérios”, afirmou a Câmara.
O advogado da Câmara, Jules Michelet Pereira Queiroz e Silva, acrescentou que não procedem as alegações de que a deliberação das emendas de comissão seria sigilosa ou irregular, ressaltando que toda a tramitação está devidamente documentada e amplamente divulgada na internet. Ele também negou a existência de “verbas novas” não aprovadas pelos colegiados competentes.
A Câmara rebateu ainda a acusação de que a suspensão das atividades seria uma manobra para impedir a deliberação das comissões, afirmando que a interrupção teve como objetivo concentrar esforços na votação de medidas de controle de gastos do Executivo.
O advogado alertou que a “interrupção abrupta da execução orçamentária” pode comprometer serviços públicos essenciais e, no caso da saúde, colocar em risco o cumprimento dos gastos mínimos previstos no art. 198 da Constituição.
“Destaca-se que a interrupção da execução orçamentária na área da saúde, nos últimos dias do exercício de 2024, pode até mesmo ameaçar o cumprimento pela União das despesas mínimas exigidas constitucionalmente”, afirmou Queiroz e Silva.
Por fim, a Câmara informou que não recorrerá da decisão do ministro Flávio Dino. Segundo o documento, a responsabilidade por um eventual recurso caberia ao Congresso Nacional, uma vez que a execução das emendas envolve tanto a Câmara quanto o Senado.
Mais notícias
-
Política
12h30 de 29 de dezembro de 2024
Lula sanciona lei que estabelece mudanças no reajuste real do salário mínimo
Texto, aprovado no Congresso, faz parte do pacote de gastos apresentado pela equipe econômica do governo petista
-
Política
09h30 de 29 de dezembro de 2024
Lula revela que segurança foi primeira pessoa a socorrê-lo após queda no banheiro
Primeiro agente a chegar até o presidente teria sido o policial federal Paulo Júnior, o “Paulão”, carcereiro de Lula na prisão em Curitiba
-
Política
08h00 de 29 de dezembro de 2024
Bolsonaro não deve participar de posses de prefeitos em 2025, diz coluna
Principal cabo eleitoral da direita no país, o ex-mandatário pretende aproveitar o recesso de fim de ano com a família
-
Política
07h30 de 29 de dezembro de 2024
Senador apresenta PDL para derrubar decreto de Lula sobre normas para o uso da força policial
No texto, Magno Malta classifica o decreto presidencial como “covarde e criminoso”
-
Política
20h30 de 28 de dezembro de 2024
Lula sanciona com vetos projeto que muda regras para BPC
Trecho que excluía portadores de deficiências leves foi vetado
-
Política
10h30 de 28 de dezembro de 2024
Salvador recebe mais de R$ 14,6 bilhões do Governo Federal em 2024
Além de repasses diretos, cidade teve ampliação da presença de programas e ações federais em educação, saúde, habitação, cultura, meio ambiente e obras de infraestrutura
-
Política
10h00 de 28 de dezembro de 2024
Deputada federal propõe Auxílio Inclusão Social
O auxílio consiste em manter por 12 meses o pagamento de 50% do valor do BPC e da Bolsa Família àqueles beneficiários que tiverem a carteira assinada
-
Política
22h20 de 27 de dezembro de 2024
Lula sanciona BPC com dois vetos; saiba quais
O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU)
-
Política
22h00 de 27 de dezembro de 2024
Arthur Lira não responde aos questionamentos do STF
O Legislativo não enviou as atas que identificam os reais “padrinhos” das emendas de comissão