Lula afirma que fará reunião para debater mudanças anunciadas pela Meta
Segundo o presidente, o encontro para debater o tema deve acontecer ainda nesta quinta-feira: "Acho que é extremamente grave"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (9) que se reunirá com membros do governo para debater as mudanças anunciadas pelo CEO da Meta (que detém WhatsApp, Instagram e Facebook), Mark Zuckerberg, sobre pôr fim ao seu programa de checagem de fatos.
“Vou fazer reunião hoje para discutir a questão da Meta. Acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade do cara que comete crime na imprensa escrita”, disse o presidente.
Segundo matéria da Folha de São Paulo, quando questionado sobre sua opinião em torno da decisão do empresário americano, Lula afirmou que um cidadão não pode achar que tenha condição de ferir a soberania de uma nação.
“Como se um cidadão pudesse ser punido porque faz coisa na vida real e pudesse não ser punido porque faz a mesma coisa na digital”. “O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, dois cidadãos, três cidadãos acharem que podem ferir soberania de uma nação”, completou a jornalistas no Palácio do Planalto.
Na terça-feira (7), Zuckerberg anunciou mudanças na empresa com o fim do modelo de checagem de fatos e, sem citar países específicos, atacou os judiciários da América Latina, aos quais chamou de secretos. “Países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa”, declarou na ocasião.
No dia seguinte, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que a corte não permitirá que as “big techs” sejam instrumentalizadas para discursos de ódio e comentou sobre as “bravatas” de líderes das plataformas um dia após declaração do CEO da Meta com crítica indireta ao tribunal.
O magistrado ainda pontuou que essas empresas não poderão atuar em colaboração com grupos extremistas. “No Brasil, só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira. Independentemente de bravatas de dirigentes de big techs”, disse.
À frente dos embates do Judiciário brasileiro com as big techs, Moraes deu a resposta em uma roda de conversa feita no Supremo como parte da agenda em memória dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“Pelo resto do mundo nós não podemos falar, mas, pelo Brasil, eu tenho absoluta certeza e convicção que o Supremo Tribunal Federal não vai permitir que as redes sociais continuem sendo instrumentalizadas, dolosa ou culposamente, ou ainda somente visando lucro, para ampliar discursos de ódio, nazismo, fascismo, misoginia, homofobia e discursos antidemocráticos”, afirmou.
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