Publicado em 10/01/2025 às 10h08.

Oposição acusa Lula de utilizar atos do 8 de janeiro para fazer ‘palanque político’

Eventos que relembraram os 2 anos dos ataques foram chamados de "teatro" e "evento midiático" por parlamentares da oposição

Redação
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

 

A oposição ao governo acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de utilizar os atos em memória aos dois anos de 8 de janeiro de 2023, que ocorrem na quarta-feira (8), como “palanque político”. Parlamentares criticaram a postura de Lula durante os eventos e condenaram o que consideram ser um excesso de interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) em prerrogativas do Legislativo, em especial nos temas relacionados ao 8 de janeiro.

Segundo matéria do InfoMoney, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou o evento de “uma ode ao crime impossível de tentativa de golpe”. Já o deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) descreveu a solenidade como “teatro” e afirmou que Lula tenta se “vitimizar”. Enquanto o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que pediu maior “equilíbrio” entre os três Poderes, definiu os atos como um evento “midiático”.

Eles argumentaram, ainda, que atos semelhantes ao vandalismo daquele dia foram minimizados em outros momentos históricos. Para o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN), Lula fez “proselitismo político sobre um cadáver”, ao citar a morte de um dos presos no 8 de janeiro.

Durante seu discurso na cerimônia de quarta-feira, Lula destacou a importância de defender a democracia, punir os responsáveis pelos ataques e mencionou as investigações sobre a tentativa de golpe em 2022. O petista ainda elogiou o potencial das Forças Armadas na defesa da soberania nacional e também o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que é relator dos processos sobre a tentativa de golpe e dos ataques de 8 de Janeiro na Corte.

As críticas, porém, não se limitaram apenas aos atos de quarta-feira. A promessa do governo de investir R$ 40 milhões na criação do Museu da Democracia também se tornou alvo. Com o senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmando que o projeto “eterniza narrativas” e questionando a utilização da palavra golpe para descrever os acontecimentos de 2023.

O museu foi anunciado no início do ano passado, como forma de lembrar os ataques golpistas e preservar a memória da democracia. Até o momento, o projeto não saiu do papel e não possui previsão de entrega estabelecida, após o governo cortar os recursos para sua construção em 2024.

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