Publicado em 13/01/2025 às 13h53.

Primeiro feminicídio de 2025 expõe falhas na proteção das mulheres, diz Ireuda Silva

Para a vereadora, casos de violência contra a mulher fazem parte de uma cultura enraizada na sociedade

Redação
Foto: Assessoria

 

O Distrito Federal abriu o ano de 2025 com uma tragédia que escancara a gravidade da violência contra as mulheres no Brasil. Ana Moura Virtuoso, de apenas 27 anos, foi brutalmente assassinada a facadas no bairro Santa Luzia, na Cidade Estrutural. O caso, que já é registrado como feminicídio, ecoa a dor de milhares de mulheres vítimas de uma realidade alarmante e persistente.

Para a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, o episódio é mais uma prova de que a luta pela vida e dignidade das mulheres ainda enfrenta grandes desafios.

“O ano de 2025 mal começou, e já nos deparamos com casos alarmantes de feminicídio. No DF, a tragédia de uma jovem assassinada chocou o país. Mas quantas outras histórias, igualmente dolorosas, permanecem sem voz, ocultas nas estatísticas ou ignoradas por uma sociedade que ainda não despertou plenamente para a gravidade dessa realidade?”, questiona Ireuda.

A parlamentar destaca que o início de um novo ano deveria ser marcado por esperança e ações concretas para um futuro mais seguro e justo para todas.

“Na virada do ano, fizemos votos de paz, desejamos um futuro melhor e celebramos a esperança de dias mais justos. Mas a pergunta que ecoa é: o que estamos fazendo para transformar esses desejos em ações concretas?”, pondera.

Ireuda Silva ressalta que o feminicídio não é uma fatalidade inevitável, mas o resultado de uma cultura de violência e desigualdade enraizada na sociedade.

“Feminicídio não é um destino inevitável. É fruto de uma cultura de violência, desigualdade e omissão que ainda tolera o desrespeito e a violência contra as mulheres”, afirma.

Segundo ela, cada caso não pode ser tratado apenas como uma estatística, mas sim como um alerta sobre a necessidade de revisar políticas públicas e promover mudanças profundas.

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