Publicado em 14/01/2025 às 12h32.

Programa Morar Melhor Entidades já beneficiou 282 instituições em 2024

Iniciativa tem como meta assistir 400 entidades que prestam serviços essenciais na cidade em áreas como educação, saúde e assistência social

Redação
Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS

 

O programa Morar Melhor Entidades, uma iniciativa pioneira no Brasil, tem como objetivo assistir 400 entidades que prestam serviços essenciais na cidade em áreas como educação, saúde e assistência social. Inspirado no programa de melhorias habitacionais do país, o Morar Melhor, a iniciativa já assistiu 282 terreiros de candomblé e Organizações da Sociedade Civil (OSCs).

Lançado com a proposta de promover a segurança, acessibilidade e funcionalidade dos templos e organizações, o programa visa fortalecer as instituições e apoiar o desenvolvimento socioassistencial de Salvador. Atualmente, 80 entidades já tiveram suas obras de reforma concluídas, enquanto 27 estão em andamento e 14 iniciarão as obras em breve.

De acordo com Francisco Torreão, titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), o programa tem alcançado resultados significativos. “O Morar Melhor Entidades demonstrou ser uma iniciativa fundamental para a melhoria das condições de vida de milhares de pessoas. Em apenas seis meses, o programa já alcançou resultados expressivos, com uma média mensal de 40 cadastramentos”, afirmou Torreão.

Coordenado pela Seinfra, o programa conta com parceria das secretarias da Reparação (Semur), de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) e da Educação (Smed).

Com 19 anos de existência, o Ministério de Adoração Profética Internacional (Mapi Social), foi uma das instituições beneficiadas com as melhorias. A organização realiza um trabalho de convivência e de fortalecimento de vínculo para um público bem abrangente no bairro de Nova Brasília. Para as crianças e adolescentes, são ofertados acolhimento e oficinas de cidadania, percussão, balé e artesanato.

Para mulheres com idade de até 60 anos, o espaço disponibiliza cursos profissionalizantes de Doces e Salgados, Manicure e Pedicure, Maquiagem e Costura. No total, são atendidas 240 pessoas, sendo 80 crianças e adolescentes. A expectativa é ampliar essa capacidade.

“Antes da Prefeitura, nós estávamos com o prédio em reforma, porém não tínhamos condições financeiras para concluir a obra. Nós tínhamos batido a laje, mas ela estava sem reboco na parte interna. Na parte da frente da instituição, algumas telhas estavam quebradas e todas elas estavam velhas, então quando chovia enchia de água. Era horrível. Ficávamos tirando baldes d’água de dentro do espaço. Nós não tínhamos como trocar, pois a instituição sobrevive de doações e da ajuda de voluntários”, conta a bispa Eliana Sanches.

Com o programa, as ripas e telhados foram todos substituídos por materiais novos e de melhor qualidade. Também foi feita a pintura das paredes, todas as salas foram pintadas, além da área do fundo. O refeitório ganhou, além de pintura, o revestimento nas paredes. Os banheiros foram totalmente finalizados com reboco, colocação de pia, vaso sanitário e portas.

O Mapi Social faz parte da Visão Celular Modelo dos 12 e realiza também encaminhamentos aos Centros de Referência e Assistência Social (Cras) e Especializado de Assistência Social (Creas), Prefeituras-Bairro, Cadastro Único (CadÚnico) e Conselho Tutelar. Após as obras, a instituição ganhou mais visibilidade e aumentou o número de atendimento à população, agora prestado com mais qualidade, diminuindo as vulnerabilidades sociais da comunidade.

Casa Odara

De maneira inovadora e histórica, o trabalho de melhorias nos templos de religião de matriz afro-brasileira vai além de uma melhoria física do espaço, é uma forma de reparação social. “É um grande gesto da Prefeitura, olhando para uma parte da comunidade que sofria com preconceitos e era ignorada no passado”, destaca Torreão.

O terreiro Ylê Àsé Iyá Omim Osogbo, em Novo Marotinho, foi um dos beneficiados com o Casa Odara, que integra o programa Morar Melhor Entidades. As obras começaram no início de dezembro e já foram concluídas.

“A Prefeitura me ajudou a rebocar algumas paredes, a abrir algumas portas e a fechar outras, revestiu a cozinha de azulejo, chapiscou o teto da cozinha e colocou o forro em PVC. Só a pintura que eu pedi para deixar por minha conta, pois eu pretendo inaugurar em abril do próximo ano”, explica Baba Regis de Oxum, titular do terreiro.

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