Estimativa do IBGE para safra 2024 tem queda de 6,3%; 2025 tem crescimento previsto de 6,7%
Projeções agrícolas: confira o desempenho das safras 2024 e previsões para 2025 na Bahia
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativo ao mês de dezembro, com dados sistematizados e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), estima para safra 2024 uma produção de cereais, oleaginosas e leguminosas de 11,4 milhões de toneladas, o que representa um recuo de 6,3% na comparação com a safra de 2023.
Com dados consolidados para 2024, o IBGE fez o 3º prognóstico para o ano de 2025, estimando uma produção de grãos 6,7% maior que a de 2024, a qual será beneficiada pelos maiores volumes de chuva observados nos últimos meses de 2024 no estado, acarretando em condições climáticas favoráveis para o plantio de culturas de primeira safra. Assim, destaca-se, entre os grãos, o aumento na produção de soja (10,6%), algodão (0,7%) e feijão (1ª safra, de 4,2% e 2ª safra, de 6,7%). Em sentido contrário, os prognósticos são de queda na safra de milho (1ª safra, de -2,9% e 2ª safra, de -0,5%) e de sorgo (-11,5%).
A Conab, por sua vez, para o ciclo 2024/2025, estima aumento na produção, na área plantada e na produtividade dos grãos. Soja e milho se destacam na produção deste novo ciclo.
De acordo com o IBGE, as áreas plantadas e colhidas para 2024, são de 3,55 milhões de hectares (ha), com crescimento de apenas 0,6% em relação à safra de 2023. Assim, o rendimento médio (3,20 toneladas/ha) da lavoura de grãos no estado da Bahia é 6,8% aquém da safra anterior.
O volume de soja colhido alcançou 7,53 milhões de toneladas, o que corresponde a uma queda de 0,4% sobre o verificado em 2023. A área plantada com a oleaginosa no estado é de aproximadamente 2,0 milhões de ha.
As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, alcançaram 2,32 milhões de toneladas, o que também representa declínio de 25,1% na comparação anual. Com relação à área plantada, houve queda de 13,4% em relação à estimativa da safra anterior de 698 mil ha. A primeira safra do cereal está projetada em 1,55 milhão de toneladas, 34,0% abaixo do que foi observado em 2023. Já para a segunda safra é esperado um avanço de 2,8% em relação à colheita anterior, totalizando 766 mil toneladas.
Para a lavoura do feijão, houve recuo de 6,9% na comparação com a safra de 2023, totalizando 222 mil toneladas. O levantamento tem estimativa de 380 mil ha plantados, 8,9% menor que a safra anterior. A primeira safra da leguminosa (137 mil toneladas) foi 4,5% inferior à de 2023, e a segunda safra (85 mil toneladas) teve uma variação negativa de 10,6%, na mesma base de comparação.
Outro importante produto da safra baiana, o algodão (caroço e pluma), apresentou produção de 1,77 milhão de toneladas, o que representa aumento de 1,6% em relação ao ano de 2023. A área plantada com a fibra aumentou 4,4%, alcançando 380 mil ha em relação à safra de 2023.
Para a lavoura da cana-de-açúcar, o IBGE a produção é de 5,54 milhões de toneladas, revelando aumento de 1,3% em relação à safra de 2023. A estimativa da produção do cacau, por sua vez, ficou em 111 mil toneladas, apontando um recuo de 7,3% na comparação com a do ano anterior.
Em relação ao café, está prevista a colheita de 249 mil toneladas este ano, 0,9% acima do observado no ano passado. A safra do tipo arábica é de 104 mil toneladas, com variação anual de 3,3%. Por sua vez, a safra do tipo canéfora foi de 145 mil toneladas, 0,7% abaixo da colheita do ano anterior.
Na fruticultura, destacam-se as estimativas das lavouras de banana (864 mil toneladas), laranja (630 mil toneladas) e uva (55 mil toneladas), que registraram, respectivamente, variações de -5,4%, -0,7% e -15,6% em relação à safra anterior.
O levantamento ainda indica uma produção de 791 mil toneladas de mandioca, 15,8% menor que a de 2023. A produção de batata-inglesa, estimada em 335 mil toneladas, apresenta acréscimo de 0,9%; e a do tomate, estimada em 354 mil toneladas, aponta alta de 97,1% na comparação com a do ano anterior.
No quarto levantamento do ciclo 2024/2025, a Conab estima safra de 13,4 milhões de toneladas de grãos
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu quarto levantamento de 2024/2025, estimou uma produção de 13,4 milhões de toneladas de grãos – o que representa um avanço de 7,7% em relação ao ciclo 2023/2024.
Com relação à área plantada, observa-se uma ampliação de 3,8% na mesma base de comparação, o que alcança uma área de 3,92 milhões de ha. Assim, o rendimento médio do conjunto das lavouras pesquisadas deverá ficar em torno de 3,41 toneladas/ha.
A soja, segundo a Conab, deve apresentar um novo ciclo de alta, com aumento da área plantada – crescimento de 7,9% em relação à temporada passada –, alcançando um total de 2,14 milhões ha. Por sua vez, a produção deve avançar em 10,6%, para 8,27 milhões de toneladas na atual temporada, em comparação com o ciclo anterior. Com isso, a produtividade estimada é de 3,87 toneladas/ha, a maior do país, representando aumento de 2,5% em relação à safra anterior.
Com relação à safra de milho, a expectativa é de que a safra atual seja maior que a anterior, totalizando 3,09 milhões de toneladas. As principais contribuições provêm da primeira (1,81 milhões de toneladas) e da terceira (1,15 milhões de toneladas) safra do cereal. Em seu conjunto, a produção de milho, no estado, apresenta previsão de aumento de 4,6% em relação ao período anterior. De acordo com análise da Conab, há uma expectativa da redução da área de cultivo (-3,5%) devido à baixa rentabilidade do cereal, devendo a área correspondente migrar para o cultivo de soja e algodão, que são mais valorizadas no mercado internacional.
A produção de algodão está estimada em 1,70 milhão de toneladas, plantado em 357 mil ha, o que representa um crescimento de produção de 0,9% em relação ao ciclo 2023/2024.
A expectativa negativa está associada à produção de feijão, mas o maior volume de chuvas no final de novembro já vislumbra uma produção maior, apesar da incerteza dos produtores com a irregularidade climática e as perdas ocorridas nos últimos anos. O volume estimado é de 338 mil toneladas (plantado em 421 mil ha) e representa uma redução de 4,6% em relação ao ciclo 2023/2024.
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