Publicado em 22/01/2025 às 07h20.

Preço das passagens não deve aumentar com a fusão entre Azul e Gol, diz ministro

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analisa a junção das duas companhias aéreas

Redação
Foto: Vosmar Rosa/MPOR

 

O governo federal acredita que não haverá aumento no preço das passagens aéreas, caso a fusão entre Azul e Gol seja confirmada. O caso está sendo analisado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Nesta terça-feira (21), em Foz do Iguaçu, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, confia no fortalecimento da aviação regional.

“Eu tenho muita confiança que não haverá aumento de passagem. Pelo contrário, a gente vai ter o fortalecimento da aviação regional, a gente vai ter economicidade em muitos voos. Por exemplo, às vezes, você tem um voo para a mesma cidade, por exemplo, saindo aqui de Foz do Iguaçu para Curitiba, você tem um voo da Gol e tem um voo da Azul. Às vezes, esse voo, os dois aviões têm capacidade, por exemplo, de mais de 150 passageiros, mas só que um voo sai com 80 da Azul e o voo da Gol sai com 80. Então, em um único voo, a gente poderia levar a população e sobrar uma aeronave para outros destinos do Brasil”, afirmou durante a entrega das obras de modernização do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu.

Segundo o ministro, a prioridade do governo é fortalecer as companhias aéreas.

“Teria muito mais o efeito perverso e danoso para o Brasil se essas empresas viessem a quebrar, já que representam de 63% a 64% do mercado. Então, a prioridade nossa, desde o primeiro momento, foi dialogar com as companhias aéreas, criar uma agenda de crédito que nunca houve. Criamos no valor de R$ 4 bilhões. A expectativa agora é amanhã iniciar o diálogo, no primeiro momento com o presidente da Gol. E, na próxima semana, devemos nos reunir com o presidente da Azul para discutir o que eles estão imaginando em relação a essa possível fusão, no intuito, sobretudo, de fortalecer a aviação”, explicou.

No último dia 15 o grupo Abra, que controla a Gol e Avianca, e a Azul deram o primeiro passo no processo de negociação da fusão ao assinarem um memorando de entendimento. Caso o acordo seja concretizado após aprovação do Cade, as duas companhias deverão manter suas marcas e certificados operacionais de forma independente. Em janeiro do ano passado, a Gol entrou com pedido de reestruturação nos Estados Unidos, processo semelhante ao de recuperação judicial que acontece no Brasil. Na época, as dívidas da companhia eram estimadas em R$ 20 bilhões.

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