Queda do dólar e grande safra devem reduzir preços dos alimentos, afirma Haddad

Ministro da Fazenda descarta uso de espaço fiscal para baratear alimentos e prevê impacto positivo com estabilização do câmbio e aumento da produção agrícola

Redação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (23) que a queda do dólar deve impactar de forma imediata os preços dos alimentos. Uma reunião está marcada para a manhã desta sexta-feira (24), com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros, para discutir o tema.

Haddad destacou ainda que a previsão para o setor agropecuário em 2025 aponta para uma grande safra. Ele também descartou a possibilidade de utilização de espaço fiscal para reduzir o custo dos alimentos.

“Na minha opinião, teremos, em primeiro lugar, uma grande safra. Em segundo lugar, o dólar iniciou, ao meu ver, uma trajetória de queda, que pode ser temporariamente interrompida por especulações, como a ideia de que o governo usaria espaço fiscal. Não há absolutamente nada nesse sentido. Ninguém está considerando utilizar espaço fiscal para esse tipo de medida”, declarou o ministro a jornalistas.

Haddad explicou que os preços dos alimentos, especialmente de itens como leite, café, carne e frutas, foram impactados pelo aumento do dólar, já que esses produtos são commodities exportadas. “Quando o dólar sobe, isso afeta os preços internos. Mas, à medida que o dólar se estabiliza, também influencia positivamente os preços”, afirmou.

Ele acrescentou que a equipe econômica acredita que a safra deste ano terá um papel significativo na redução dos preços. “Todos os indicadores da Secretaria de Política Econômica (SPE) apontam para um bom ano de produção agrícola em todos os itens. Pelo que tudo indica, até mesmo pelas condições climáticas, não haverá nenhum prejuízo nos produtos consumidos pela população”, concluiu.