Publicado em 04/02/2025 às 12h32.

Copom indica novo aumento da Selic para o mês de março

Decisão elevaria taxa de juros em 1 ponto porcentual de 13,25% para 14,25% ao ano

Redação
Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

 

A taxa básica de juros da economia, a Selic, deverá sofrer nova alta para o mês de março. De acordo com a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira (4), o aumento poderá ser 1 ponto porcentual passando de 13,25% para 14,25% ao ano. O motivo é o cenário de inflação de curto prazo, principalmente devido a elevação nos preços dos alimentos.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião”, diz o documento.

A taxa Selic foi aumentada para 13,25% na última quarta (29). A ata destacou que os preços dos alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano passado e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi. Com relação aos bens industrializados, o movimento recente de aumento do dólar pressionou preços e margens, sugerindo maior aumento em tais componentes nos próximos meses.

“Essa decisão [de aumentar a Selic] é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, explica a ata do comitê.

O regime de meta de inflação determina que o índice deve ficar em 3% no acumulado em 12 meses, com bandas de 1,5 p.p. para cima ou para baixo. Se ficar acima do limite da banda por mais de 6 meses seguidos, há o descumprimento da meta. O Banco Central (BC) voltou a apontar o dinamismo da economia com vigor nas concessões de crédito amplo, política fiscal expansionista e o fomento do pleno emprego como fatores que têm dado suporte ao consumo e à demanda agregada, pressionando a inflação.

“Como o mercado de trabalho segue aquecido, é difícil avaliar em que medida uma eventual desaceleração refletiria enfraquecimento da demanda ou pressões de oferta, portanto, com impactos diferentes sobre a inflação. O Comitê seguirá acompanhando a atividade econômica e reforça que o arrefecimento da demanda agregada é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e convergência da inflação à meta”, informou o Copom.

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