Publicado em 05/02/2025 às 10h54.

Jerônimo volta a desconversar sobre 2026 e critica transições de governo ‘malfeitas’

"O que eu estou fazendo agora, todos vocês sabem, estão me acompanhando. Se vai ser consequência para [20]26, é consequência”, afirmou

Carolina Papa / Fredie Ribeiro
Foto: Carolina Papa/bahia.ba

Em entrevista coletiva durante o evento de leitura de sua mensagem anual na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador, nesta quarta-feira (5), o governador do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT), desconversou sobre as críticas feitas pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) sobre sua gestão “só pensar em política”.

“Eu também tenho observado muito o comportamento do resultado das eleições municipais. É isso que eu estou olhando. O que eu estou fazendo agora, todos vocês sabem, estão me acompanhando. Se vai ser consequência para [20]26, é consequência”, afirmou o governador.

Segundo Jerônimo, seu foco, no momento, tem sido auxiliar os municípios afetados pela estiagem ou pelo excesso de chuva, e reparar os problemas causados por transições de governo “malfeitas”.

“Tem muitos municípios ainda que não choveu, outros que padeceram com excesso de chuva e outros que padeceram, estão padecendo por conta de transição malfeita. Eu não concordo com transição malfeita. Vocês se recordam como é que Lula fez a transição? Lula se movimentou, não teve uma transição adequada. O ministro Rui Costa chegou a dizer que quando assumiu a Casa Civil, que era onde deveria ter uma central de informações, que ali não tinha nada. E o Lula teve que sentar, se movimentar. Lula teve que fazer movimento individual para garantir, conduzir e coordenar uma transição. Acho que os órgãos de controle precisam ser um tanto mais rigorosos sobre isso”.

O governador seguiu criticando a má comunicação entre os prefeitos eleitos e seus antecessores. “Acho que nós temos que cobrar do prefeito que sai, dele, um comportamento assim ‘olha eu não quero sentar com aquele vencedor, mas minha equipe tem que sentar’, alguém tem que fazer a transição. Olha não é possível que um prefeito ou uma prefeita sente na cadeira da prefeitura, do executivo, e ele com seus assessores não tem uma lista de pessoas que fazem hemodiálise. Não é um castigo para o prefeito, isso está equivocado, alguém tem que penalizar. Como é que o prefeito senta [na cadeira] se eu não sei quem eu vou transportar para fora do município, para fazer um tratamento de hemodiálise. Isso a gente não pode, e eu também convoco a imprensa, a gente não pode ver isso e achar que é natural, que é normal. Isso não existe”, declarou.

Carolina Papa

Jornalista. Repórter de política, mas escreve também sobre outras editorias, como cultura e cidade. É apaixonada por entretenimento, música e cultura pop. Na vida profissional, tem experiência nas áreas de assessoria de comunicação, redação e social media.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.