Publicado em 06/02/2025 às 16h18.

Igor Kannário critica gestos de facção: ‘Sou do tempo de um por todos’

"No meu tempo eu não tinha perigo nenhum de andar na Valéria, no Bairro da Paz, na Suburbana... Enfim, não tinha esse negócio de um, dois, três, quatro"

Vitor Silva
Foto: Reprodução/Instagram

 

Durante sua participação no programa TVE Revista, apresentado pela jornalista Naiara Oliveira, o cantor Igor Kannário fez críticas aos gestos e símbolos usados pelas facções em Salvador, que têm gerado uma onda de violência, principalmente entre pessoas que não têm envolvimento com o tráfico de drogas e acabam fazendo esses gestos sem entender seu significado.

“Eu conheço muita gente, já andei por todas as quebradas, se for parar pra falar aqui, e no meu tempo eu não tinha perigo nenhum de andar na Valéria, no Bairro da Paz, na Suburbana… Enfim, não tinha esse negócio de um, dois, três, quatro”, afirmou o artista, relembrando a época em que a violência ainda não estava tão presente na cidade.

O ex-deputado federal destacou que, no seu tempo, não existia essa divisão de pessoas baseada em símbolos e defendeu a liberdade de ir e vir da população que não tem envolvimento com o tráfico. “Eu sou do tempo de um por todos, e todos por um, que dois nunca foi divisão e três sempre foi a trindade. Então eu preciso fazer essa ressalva, porque a gente precisa tocar nesse assunto que está incomodando a mim, está incomodando a todos os trabalhadores de bem, as pessoas que andam dentro da lei, que são trabalhadores, são honestos, e não têm que ficar nesse fogo cruzado do crime com a segurança pública”, disse Kannário.

Ele reforçou que não estava se referindo às siglas, mas aos gestos associados às facções. “Não estou falando das siglas, estou falando dos gestos, estou falando dessas ondas de facção, que hoje eu tenho respaldo, não me envolvo, mas tenho respaldo, sei que eles me escutam, me ouvem, então eu preciso abordar esse assunto”, concluiu o cantor.

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Vitor Silva

Repórter de entretenimento, mas escrevendo sobre política, cidade, economia e outras editorias sempre que necessário; tem experiência em assessoria, revista, produção de rádio e social media

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