Publicado em 11/02/2025 às 18h57.

Inflação de janeiro na RMS é puxada por alimentos e transporte

Região representa a 4ª maior inflação entre os 16 locais pesquisados pelo IBGE; veja números

Redação
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

 

A inflação registrada na Região Metropolitana de Salvador (RMS), no mês de janeiro, apresentou uma desaceleração e fechou em 0,38%, uma queda de 0,51% em comparação ao computado em dezembro (0,89%). Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números, no entanto, continuam acima do verificado em janeiro do ano passado (0,13%), e bem mais alto do que o registrado no Brasil como um todo (0,16%). A região representa a 4ª maior inflação entre os 16 locais pesquisados pelo IBGE.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da RMS no primeiro mês do ano só foi menor do que os dos municípios de Aracaju/SE (0,59%), Brasília/DF (0,56%) e RM de Belo Horizonte/MG (0,43%). No outro extremo, o município de Rio Branco /AC (-0,34%), a RM Curitiba/PR (-0,09%) e o município de São Luís/MA (-0.08%) tiveram as maiores deflações em janeiro.

De acordo com o IBGE, o que mais pesou no bolso das famílias de Salvador e Região Metropolitana no período foram os produtos dos segmentos de alimentação e bebidas, que ficaram 1,81% mais caros, representando a maior alta do mês.

A alta dos alimentos, a maior desde abril de 2022, (2,22%), foi puxada principalmente pelo aumento dos produtos comprados para consumo em casa (2,13%), sobretudo tubérculos, raízes e legumes (17,69%) como o tomate (39,65%), a cebola (30,42%) e a cenoura (60,55%, item que mais aumentou entre as centenas de pesquisados mensalmente para compor o índice de inflação). A alta do café moído (7,58%) também foi relevante para o resultado do grupo.

Por outro lado, produtos como a batata-inglesa (-21,84%), ovo de galinha (-3,89%) e costela (-1,54%) apresentaram importantes quedas e seguraram a alta geral dos alimentos na RM Salvador em janeiro.

O grupo dos transportes (1,22%) registrou o terceiro maior aumento médio de preços e deu a segunda maior contribuição para o aumento do IPCA na RM Salvador no mês. A alta do transporte público (4,15%), em especial do ônibus urbano (6%), foi o principal responsável pelo resultado. A passagem aérea (10,63%) também registrou importante aumento de preços no período pesquisado.

Queda

Por outro lado, dentre os quatro grupos com queda média de preços em janeiro na RM Salvador, a habitação (-3,41%) teve a maior redução e deu a maior colaboração para segurar a inflação na região.

O grupo registrou a maior queda mensal de preços na região em três décadas. O resultado se deu, principalmente, devido à forte redução do preço da energia elétrica residencial (-13,02%), que se deu pela incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro.

Já o grupo vestuário (-0,40%) registrou a segunda maior queda média de preços e deu a segunda maior contribuição para segurar o IPCA na RM Salvador, influenciada principalmente pela roupa infantil (-1,69%).

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