Publicado em 18/02/2025 às 12h59.

BNDES prevê até R$ 30 bilhões para o financiamento de concessões de rodovias em 2025

O Ministerio do Trabalho prevê a realização de, pelo menos, 15 leilões de rodovias neste ano

Redação
Foto: Reprodução/ ViaBahia

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê um volume recorde de financiamentos voltados à concessão de rodovias em 2025. O banco, que já soma um total de R$ 25 bilhões em negociação para concessões realizadas, estima que o valor deve avançar para até R$ 30 bilhões ao longo do ano.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, a informação foi confirmada pela diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa. “Vamos superar o resultado de 2024, quando já tínhamos batido recorde neste setor, com R$ 23,5 bilhões em financiamentos”, disse Costa.

O resultado do ano passado, citado pela diretora, superou o valor total que o banco havia liberado para rodovias nos nove anos anteriores (de 2015 a 2023), período este em que o montante destinado a financiar concessões de estradas federais atingiu R$ 23 bilhões. Nos cálculos do banco estatal, as operações fechadas com as rodovias em 2024 envolvem a ampliação de capacidade em trechos que somam 1.880 km de extensão.

A nova concessão da via Dutra, por exemplo, se tratou da maior operação de crédito rodoviário e emissão de debêntures da história, com valor de R$ 9,4 bilhões. O projeto envolve obras como a construção de uma nova subida na serra das Araras, 600 km em pistas adicionais e implantação de “free flow”, o pagamento da tarifa de pedágio de forma automática.

Para 2025

Nesta terça-feira (18), o BNDES enviou uma carta o mercado detalhando as condições de apoio financeiro para a concessão da BR-364/RO, entre Porto Velho e Vilhena, em Rondônia, conhecida como “Rota Agro Norte”.

O documento é o primeiro a prever uma garantia para proteger investidores de eventuais variações de taxas de juros, considerado, atualmente, como uma das maiores preocupações do cenário econômico, além de um fator que pode afetar o interesse nas concessões de infraestrutura.

Com a mudança na lei, os financiamentos do BNDES agora ficam atrelados à taxa de juros vigente no momento do leilão caso ocorra um aumento até a assinatura o contrato. Se a taxa cair, a concessionária tem o benefício de ficar com o menor índice.

Até então, o concessionário que vencesse um leilão tendo como base da proposta a taxa de juros daquele momento corria o risco de encarar um cenário de juros menos favorável quando fosse tomar o crédito com o BNDES, tempos depois. Em muitos casos, entre o leilão e a assinatura de um financiamento com o banco, há um intervalo de um a dois anos.

“Acreditamos que essa medida vai ter papel crucial para proteger o setor privado”, disse Felipe Borim, superintendente de Infraestrutura do BNDES.

O Ministério dos Transportes já anunciou sua pretensão de realizar 15 leilões de rodovias neste ano, entre trechos que tiveram contratos repactuados e novos traçados que serão oferecidos à iniciativa privada.

Além do leilão da BR-364, agendado para o dia 27 de fevereiro, compõem o cronograma ainda, outros seis leilões que devem ocorrer no primeiro semestre deste ano. Dois deles devem ocorrer em abril: a ponte binacional São Borja-São Tomé e a BR-040, entre Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

Quatro leilões estão marcados para maio: Rota da Celulose, em Mato Grosso do Sul; BR-101 entre Espírito Santo e Bahia; Autopista Fluminense no Rio de Janeiro; e BR-163 no Mato Grosso do Sul.

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