Publicado em 21/02/2025 às 09h37.

Bolsonaro terá privilégios de ex-chefe de Estado e ficará em prisão especial se for condenado

"O tempo todo [é] 'vamos prender o Bolsonaro'. Caguei para a prisão", disse o ex-presidente

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ter direito à prisão especial caso eventualmente seja condenado pela trama golpista de 2022. Tal possibilidade passou a ser discutida entre generais do Exército diante da denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), informa o jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a publicação, por ser capitão reformado, o ex-presidente teria como destino alguma unidade do Exército. A avaliação de interlocutores do comandante da Força, general Tomás Paiva, é que, nesse cenário, o ex-presidente deve ficar detido em condições menos desfavoráveis, considerando as prerrogativas de ex-chefe de Estado.

Uma das possibilidades é improvisar um espaço para prisão especial no Comando Militar do Planalto, sediado em Brasília. Generais, contudo, ressaltam que as avaliações são conjecturas ainda distantes e que o assunto só entrará em pauta se Bolsonaro for condenado.

Quatro generais ouvidos pela Folha afirmam que, em eventual condenação, o STF (Supremo Tribunal Federal) deveria conceder a Bolsonaro uma prisão especial.
Eles citam os casos do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Michel Temer (MDB). O petista ficou 580 dias preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em um dormitório com cama, duas mesas, banheiro adaptado e televisão.

O emedebista, por sua vez, ficou em uma cela especial na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. A sala foi improvisada para atender ao ex-presidente, com cama, banheiro e mesa.

Na quinta-feira (20), durante evento organizado pelo PL, Bolsonaro disse que não estava preocupado com uma eventual condenação.

“Para mim, seria muito mais fácil estar do outro lado, junto com a dona Michelle, aproveitando a vida. Mas não poderia continuar vendo meu país se deteriorar, se acabar, se afundar. Um país onde se rouba esperança do seu povo. O tempo todo [é] ‘vamos prender o Bolsonaro’. Caguei para a prisão”, disse, sob aplausos.

 

 

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