Publicado em 21/02/2025 às 16h11.

Haddad anuncia consignado privado com taxa de 2,5% ao mês

De acordo com o ministro, a taxa de juros média de empréstimo que é concedida para trabalhadores do setor privado é em torno de 5,5% ao mês

Redação
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

 

Em anúncio feito nesta sexta-feira (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a taxa de juros do consignado privado será em torno de 2,5% ao mês.

Em entrevista ao ICL Notícias nesta manhã, em São Paulo, o ministro qualificou como “estrutural” é uma proposta do governo para ampliar o crédito consignado para trabalhadores da área privada, a exemplo do que já ocorre no setor público e para os aposentados.

“Nós podemos ter nos próximos dias uma coisa inédita no Brasil que é o consignado privado. Um trabalhador que trabalha numa grande empresa que tem convênio com o banco, ele consegue fazer o consignado da folha de pagamento”, explicou Haddad.

De acordo com o ministro, a taxa de juros média de empréstimo que é concedida para trabalhadores do setor privado é em torno de 5,5% ao mês.

O consignado privado terá taxa bem menor. “O consignado vai no e-social. Quer dizer, não importa onde a pessoa esteja empregada, você vai fazer o desconto do empréstimo dela a um juro muito menor, a menos da metade do que se paga hoje. Quando você olha para a Selic [taxa básica de juros], ela está em 13,25% ao ano, então esse trabalhador hoje está pagando 5,5% ao mês”, explicou o ministro. “Quando você faz uma garantia que é o consignado privado e dá ao trabalhador celetista o mesmo direito que um aposentado ou que um servidor público tem, esse juro cai à metade”, acrescentou.

Haddad informou ainda que, o trabalhador do setor privado terá o prazo de 90 dias para trocar o empréstimo de 5,5% por mês para o de 2,5%.

“Nós vamos dar 90 dias para migrar essa população, que agora tem uma garantia para não pagar os juros que ela está pagando hoje”, disse. “Independentemente da Selic, você vai estar fazendo uma coisa para o bem da família brasileira. Às vezes o trabalhador nem sabe quanto está pagando de juro. Ele toma um empréstimo que ele precisa, verifica se a parcela do empréstimo cabe no bolso dele e ele não faz a conta do juro que ele está pagando. Mas nós vamos oferecer para os trabalhadores brasileiros uma coisa inédita que pode alavancar o PIB [Produto Interno Bruto]”, concluiu.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.