Publicado em 27/02/2025 às 18h31.

Prates diz ser ‘supresa’ dianteira de ACM Neto em pesquisa e vê sentimento de mudança

Deputado federal também critica cobrança de ICMS na Bahia e liga queda na popularidade de Lula à alta de alimentos

Matheus Morais / Alexandre Santos
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

O deputado federal Leo Prates (PDT) disse nesta quinta-feira (27) ser uma “surpresa” positiva a liderança do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) na pesquisa em que aparece com 42% das intenções de voto na disputa pelo governo da Bahia em 2026. O governador Jerônimo Rodrigues (PT), que buscará a reeleição, soma 38%.

“É uma surpresa, em primeiro lugar, porque, naturalmente, os instrumentos de visibilidade, os instrumentos de poder são do governador. Então, para nós, a liderança de ACM Neto, nesse momento, é algo extremamente positivo, porque naturalmente a mídia está toda sobre o governador. Ele que tem ações. Isso mostra um sentimento de mudança muito grande no estado da Bahia”, disse Prates ao bahia.ba, durante a abertura do Carnaval de salvador, no Campo Grande.

Sobre a queda da popularidade do presidente Lula (PT) no Nordeste, seu principal reduto eleitoral, o deputado diz ser resultado da inflação dos alimentos e do aumento de impostos nos estados, incluindo a Bahia.

“Ontem eu vi um comentarista falando que ‘o problema não é do mercado’. ‘O problema é de supermercado’, certo? Foi uma frase muito forte, mas a realidade é a alta de preços. E a gente não pode negar que os impostos estaduais contribuem para a alta de diversos produtos na Bahia. Precisa ficar claro para a população que há um aumento de preços baseado na economia, mas que o Estado contribui”, afirmou Prates, que mencionou o reajuste do ICMS

“Só no ano de 2023 para o ano de 2024 você tem uma alta de 10% na arrecadação do ICMS. Muito dessas altas é baseado nessa alta dos produtos. Eu lembro que imposto é uma proporção: 1% sobre R$ 100 é R$ 1; 1% sobre 1.000 são R$ 10. Então nós precisamos entender que a alta dessa arrecadação do ICMS também é fruto dessa alta de alimentos. Para não dizer que eu estou politizando, o Piau, governado pelo PT, retirou o ICMS de todos os produtos da cesta básica, não só de alguns. A Bahia também pode fazer isso”, disse.

Quanto à PEC (proposta de emenda à Constituição) que propõe o fim da escala 6×1, Prates afirmou apoiar a proposição, mas diz não ser o momento de a Câmara pautá-la. “Nós temos um momento muito complexo, de empobrecimento da população. Precisamos ter uma melhora na economia para isso se efetivar”, avaliou.

 

 

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.