Publicado em 03/03/2025 às 09h42.

Bolsonaro critica possível apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro

Ex-presidente alega tentativa de constrangimento; STF aguarda manifestação da PGR sobre notícia-crime

Redação
Foto: Beto Barata/PL

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, no domingo (2), a possível apreensão do passaporte de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), alvo de uma notícia-crime que o acusa de crimes contra a soberania nacional.

“A possível apreensão do passaporte do Deputado Eduardo Bolsonaro visa criar constrangimento ou fundamentar uma ação judicial para impedi-lo de assumir a Comissão de Relações Exteriores”, afirmou Bolsonaro nas redes sociais. Ele próprio teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal (PF) em fevereiro do ano passado, e o documento segue retido até hoje.

Na semana passada, os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) apresentaram uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando a investigação criminal de Eduardo por supostamente articular reações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) junto a políticos dos Estados Unidos.

Os parlamentares também pediram a apreensão do passaporte do deputado para interromper o que classificam como “condutas ilícitas em curso”. Segundo eles, Eduardo liderou uma tentativa de constranger não apenas um ministro do STF, mas o próprio Poder Judiciário.

Em resposta, Eduardo Bolsonaro declarou nas redes sociais que sua atuação no exterior tem como objetivo “denunciar os fatos que acontecem no Brasil”.

“Querem atropelar a imunidade parlamentar, querem acabar com a liberdade de expressão”, afirmou o deputado em vídeo.

No sábado (1º), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a PGR se manifeste, em até cinco dias, sobre a notícia-crime apresentada pelos deputados petistas.

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