Publicado em 04/03/2025 às 21h55.

Projeto EcoFolia Solidária bate recorde de famílias beneficiadas no Carnaval de Salvador

Com meta de reciclar mais de 150 toneladas de resíduos, iniciativa do Governo do Estado fortalece associações e cooperativas de catadores

Redação
Foto: Jefferson Machado/GOVBA

 

O Carnaval de Salvador é mais que um espetáculo de música e cultura, é também um exemplo de sustentabilidade e inclusão social. O projeto EcoFolia Solidária, que apoia catadores e catadoras de materiais recicláveis, bateu recorde de beneficiados, alcançando a marca de 3,5 mil famílias, e estima reciclar mais de 150 toneladas de resíduos sólidos ao longo da festa.

A iniciativa, realizada com o apoio do Governo do Estado, fortalece associações e cooperativas de catadores, garantindo melhores condições de trabalho e promovendo a inclusão socioeconômica desses profissionais. Durante todo o ano, essas entidades recebem assistência técnica, equipamentos e suporte para que possam gerenciar seus próprios postos de apoio nos grandes eventos.

Para Júlio Santana, coordenador de Inovação e Fomento à Economia Solidária da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), o projeto alia preservação ambiental e geração de renda. “São toneladas de resíduos que estão sendo desviados dos rios e mares. Imagine o Carnaval de Salvador, o maior do mundo, com essa quantidade de lixo nas ruas. Graças aos catadores e catadoras, a festa fica mais bonita e sustentável”, destacou.

Para os beneficiários, o impacto do EcoFolia Solidária vai além do Carnaval. O cooperativista Alan dos Santos compartilha sua trajetória e a transformação que o projeto trouxe para sua vida.

“Minha mãe já era cooperada, e quando completei 18 anos, tive a oportunidade de fazer parte também. Lembro que meu primeiro dinheiro no projeto usei para comprar um guarda-roupa e uma cama. Desde 2016, essa iniciativa tem me ajudado muito. Precisamos das políticas públicas para garantir mais acesso na sociedade”.

A valorização desses profissionais também é destacada por Raquel Fonseca, neta de catadora e integrante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. “O projeto é muito importante. Minha avó passou por condições muito difíceis, e hoje vemos a preocupação em melhorar a qualidade de trabalho dos catadores, oferecendo mais suporte e materiais adequados. Isso nos deixa felizes”.

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