Publicado em 11/03/2025 às 11h27.

Centro de Referência de Doença Falciforme atendeu mais de 230 mil pessoas em 2 anos, diz Hemoba

A instalação completa dois anos de inauguração neste mês de março

Redação
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

 

O Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme Rilza Valentim (CERPDF/Hemoba) completa dois anos de inauguração neste mês de março. Criado para ampliar e qualificar o tratamento para pessoas com doenças hematológicas benignas na Bahia, principalmente, com doença falciforme (DF), o Centro realizou 230.285 atendimentos no período.

O Centro realiza atendimento ambulatorial nas especialidades de hematologia, gastroenterologia, nutrição, psicologia, odontologia, fisioterapia, serviço social e assistência farmacêutica. Possui uma agência transfusional e oferece doppler transcraniano, fundamental para diagnóstico precoce de alterações de vasos cerebrais relacionadas com o desenvolvimento de AVC.

Em relação à doença falciforme, o Centro acompanha cerca de cinco mil pessoas na capital e no interior, além de ser responsável pela assistência transfusional e farmacêutica, incluindo a dispensação de medicamentos de alto custo.

A Bahia é o estado que apresenta a maior incidência de DF no país, uma vez que a população possui significativa miscigenação racial, com predomínio da etnia negra. Caracteriza-se por uma alteração nos glóbulos vermelhos que adquirem o aspecto de uma foice (falciforme), dificultando a passagem do sangue pelos vasos sanguíneos.

Em colaboração com a SESAB, o Centro está realizando um censo para mapear o número de pessoas afetadas pela doença falciforme na Bahia, quantos estão em tratamento e quais regiões de saúde com maior prevalência. A iniciativa visa aprimorar o entendimento sobre a enfermidade no estado e, assim, possibilitar o desenvolvimento de políticas públicas mais efetivas.

Este projeto complementa a lista de notificação compulsória de casos de doença falciforme definida pelo Ministério da Saúde e promovida pela Superintendência de Proteção e Vigilância em Saúde (Suvisa) da SESAB, com a colaboração do CERPDF.

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