Publicado em 12/03/2025 às 18h38.

Coronel costura acordo com o Executivo e garante recursos para o vale gás e o Pé-de-Meia

Coronel, que é relator do Orçamento 2025 no Congresso, revelou ainda que foram definidos outros ajustes e cortes que serão feitos no Orçamento antes de sua votação

Redação
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) fechou com o Executivo um acordo para o remanejamento de verbas do Orçamento de modo a garantir recursos para o vale gás e o programa Pé-de-Meia.

Coronel, que é o relator do Orçamento da União de 2025, disse nesta  que serão alocados os R$ 3 bilhões necessários para garantir o vale gás em 2025, e também foi equacionada a questão do Pé-de-Meia, que tem R$ 1 bilhão e ainda precisa de R$ 11 bilhões.

O anúncio veio após o parlamentar se reunir nesta quarta-feira (12) inicialmente com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e depois com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Também participaram da conversa o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Coronel revelou ainda que foram definidos outros ajustes e cortes que serão feitos no Orçamento antes de sua votação. “Foram reuniões muito boas. Chegamos a algumas conclusões, de algumas rubricas, como na questão do vale gás, onde vamos alocar os R$ 3 bilhões necessários para fazer frente ao pagamento em 2025, porque só temos R$ 600 milhões no Orçamento. Também equacionamos a questão do Pé-de-Meia, que já tem R$ 1 bilhão no Orçamento, e precisa ainda de R$ 11 bi. O TCU já facultou ao governo inserir esses valores no Orçamento durante 120 dias, então depois o governo irá mandar PLNs cada hora que for necessário para fazer frente ao pagamento do programa”, declarou.

Coronel afirmou que os outros itens negociados com o governo foram meras formalidades. Segundo ele, a equipe econômica do governo Lula também mandou sugestões de cortes em algumas rubricas, que serão agora analisadas por ele antes da apresentação do relatório final, que deve acontecer no próximo domingo (16). “Provavelmente vamos seguir essas diretrizes do Executivo onde a gente pode fazer o corte. O orçamento não é do Congresso, o Orçamento é do Poder Executivo, então nada como o Poder Executivo informar ou os indicar aonde deveremos cortar. Portanto, qualquer corte que vamos fazer será de comum acordo com o governo, para que não haja problema de descontinuidade em alguma rubrica. Mas não vejo maiores problemas, e devemos ajustar e levar a voto na semana que vem”, afirmou.

Conforme o cronograma apresentado pelo presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Julio Arcoverde (PP-PI), após a apresentação do relatório pelo senador Angelo Coronel, no domingo, será aberto o prazo para os destaques feitos por parlamentares.

Na terça (18) deve ser lido e votado o relatório, e se for aprovado, será necessário o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), marcar uma sessão conjunta para a conclusão da votação da lei orçamentária.

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