Publicado em 15/03/2025 às 21h00.

Remédios devem ter o menor reajuste dos últimos anos, estima indústria farmacêutica

Variação deve ser inferior a inflação anual registrada; Anvisa definirá teto até o fim deste mês

Redação
Foto: Agência Brasil

 

O reajuste médio dos medicamentos poderá ser de 3,48%, o menor dos últimos sete anos, segundo estimativa do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o índice representa um aumento abaixo da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que subiu 5,06% nos últimos 12 meses.

O valor previsto pela indústria é apurado com base em critérios de reajustes divulgados pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), vinculada à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O aumento costuma ser publicado no último dia útil de março.

São definidos três índices de reajuste. Quanto maior a concorrência daquele remédio, maior o percentual permitido. O primeiro grupo, que tem o maior reajuste, inclui genéricos e similares sem patentes, que têm preços menores devido à alta competição entre as fabricantes. O grupo de média concorrência abrange medicamentos similares e genéricos que já começaram a entrar no mercado, mas que não enfrentam uma competição massiva. Nos mercados de baixa concorrência, há patente ativa e, por isso, o preço pode ser maior devido à falta de alternativas no mercado.

“Será o menor reajuste médio dos últimos sete anos, o que pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica instalada no país em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novos produtos e na modernização e construção de novas fábricas”, afirma Nelson Mussolini, presidente-executivo do Sindusfarma, em nota.

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