Especial: Geração de 1989 passa o bastão para filhos viverem o Bahia na Libertadores
O bahia.ba entrevistou as famílias Carvalho e Gonzaga, que falaram sobre o momento histórico que viverão a partir do dia 3 de abril

No recorte temporal de 1989 até 2025, há exatos 36 anos, o torcedor do Esporte Clube Bahia viveu a linha tênue entre lágrimas e aplausos. Na história recente, mas nem tão generosa, a linha do tempo Tricolor traz diversos fatores que auxiliaram para que mais uma página do livro do Bicampeão Brasileiro deixasse de ser um rascunho.
Além do título de 1959 em cima do Santos de Pelé, o primeiro do clube, as andanças por diversos gramados do Brasil colocaram o Bahia, hoje, numa posição de destaque. Comprado pelo CFG (City Football Group) em 2022, o clube tornou-se SAF (Sociedade Anônima do Futebol), sendo considerado uma das melhores do mundo. Na ocasião, os sócios do clube aprovaram a venda de 90% ao conglomerado.
Após ter virado SAF, a maior conquista recente do clube foi o retorno da equipe à Libertadores nesta temporada. E quem acreditou que no mundo do futebol o passado fica no passado, acreditou errado. Os torcedores do Bahia estão aí para provar que um raio pode cair, sim, duas vezes no mesmo lugar.
É que o sorteio realizado na segunda-feira (17) pela Conmebol colocou o algoz Internacional mais uma vez no caminho dos baianos e de novo na fase de grupos. Além do Inter, o Tricolor também vai enfrentar o Nacional do Uruguai e o Atlético Nacional da Colômbia. O Bahia integra o Grupo F da competição.
No contraste desse novo tempo do Bahia, duas gerações se destacam: a de pais e filhos. Para contar melhor essas histórias, o bahia.ba entrevistou as famílias Carvalho e Gonzaga, que falaram sobre o momento histórico que viverão a partir do dia 3 de abril.
Pai, filha e genro: os tricolores do Candeal
Aos 72 anos, Raymundo Carvalho, vai poder reviver o Bahia na Libertadores. Lembranças? Ele tem muitas!
“Lembro muito bem da campanha. Começamos na fase de grupos que, além do Bahia, tinha o Desportivo Táchira, o Internacional e Universitário do Peru. Terminamos em primeiro lugar e invicto. Foram quatro triunfos e dois empates, sendo dois em cima do Internacional. Nas oitavas de final, perdemos lá no Beira-Rio por 1 a 0. No jogo de volta, choveu muito na Fonte Nova. O campo impraticável, mas o árbitro Arnaldo Cézar Coelho não suspendeu o jogo. Empatamos em 0 a 0 e fomos eliminados”, contou Raymundo, que reside no Candeal.
Hoje com 40 anos, Luana, filha de seu Raymundo, tinha apenas quatro anos quando o Bahia disputou o torneio continental pela primeira vez. Na memória, perda de títulos estaduais e regionais, quedas para as séries B e C. O Bahia, que quase faliu, foi carregado pelo seu maior patrimônio: o torcedor.
Para ela, o momento especial que o clube e a torcida vivem, é a realização de um sonho. “Eu nunca pensei na minha vida que aquele Bahia que quase foi a falência, um dia, iria novamente participar de uma Libertadores. Acho que a ficha ainda não caiu e toda hora me pergunto se estou sonhando de fato ou se realmente estou vivendo todo esse sonho. Viver tudo isso depois de 36 anos é surreal. Agradeço por mais um capítulo da minha vida tricolor e que o Bahia nos dê a felicidade de vê-lo um dia campeão”, declarou Luana.
Raymundo tem outro ‘filho’: o genro Lucas Rocha, que também vai poder ver o Bahia disputar a Libertadores da América pela primeira vez na vida. “Durante muitos anos foram tempos difíceis, que nem nos melhores sonhos imaginaria viver de uma maneira tão rápida. Chegamos na fase de grupos, voltamos à maior competição da América depois de 36 anos. E para marcar o retorno do Pioneiro e começar a fazer ainda mais história desse novo Bahia, e que seja o retorno de uma permanência positiva, almejando títulos”, projetou.
O que os três pensam sobre o Bahia na Libertadores é unanimidade: fazer um bom campeonato e chegar o mais longe possível. “Nós três torcemos fervorosamente. Então, viveremos esse momento lá no Estádio, na expectativa de sairmos felizes”, pontuou o chefe da família.
Com a palavra, a família Gonzaga
“Aquele time dava orgulho de ver jogar, poderíamos ter ido mais longe se não fosse aquele dia chuvoso em Salvador que, com certeza, se o tempo estivesse em condições normais, ganharíamos do Inter.” A declaração de Jailson (64) resume a lembrança mais recente de um torcedor que viveu o Bahia na Libertadores. Pai de Gabriel, de apenas 19 anos, ele almeja um Bahia vencedor e que o clube possa redimir a relação entre o clube e o torcedor. “É um sentimento de alegria ver o Bahia voltando para libertadores”, revelou o morador de São Caetano.
O desejo não é em vão e a ‘pouca’ idade de Gabriel justifica. Dentre os momentos marcantes acompanhados e vivos pelo jovem, os mais recentes foram o acesso à Série A em 2022, o quase rebaixamento em 2023, a permanência e 8ª colocação no Brasileirão de 2024.
A cereja do bolo? Um vaga na competição continental. “Em 2022, foi um sentimento de alegria e esperança. 2023 foi uma mistura de decepção e emoção pela temporada do Bahia. 2025 tem tudo pra ser diferente, uma temporada de muita expectativa”, pontuou Gabriel.
Sobre acompanhar pela primeira vez o time do coração na Libertadores, o filho de seu Jailson foi objetivo. “Viver o momento atual com o Bahia é uma mistura de emoções intensas, principalmente pela situação do clube dentro e fora de campo. O Bahia é um time de grande história e tradição no futebol brasileiro, enfrenta um período de transição que traz tanto desafios quanto oportunidades, tenho esperança de que o Bahia possa alcançar novas conquistas”, finalizou Gabriel.
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