Roma diz que PL aposta em Bolsonaro em 2026 e vê anistia ao 8/1 ‘causa humanitária’
Presidente do partido na Bahia critica entendimento do STF de que houve tentativa de golpe nos ataques aos Três Poderes

O presidente do PL na Bahia, João Roma, afirmou nesta segunda-feira (7) que o projeto do partido é ter Jair Bolsonaro como candidato à Presidência nas eleições de 2026, pleito para o qual está inelegível, em meio a discussões sobre uma possível postulação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como ‘plano B’ para representar a direita bolsonarista.
“Existem muitos nomes hoje no Brasil, como o próprio governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que também diz que o líder dele é Bolsonaro e que o seu candidato a presidente da República é Jair Messias Bolsonaro”, disse Roma ao defender o nome do ex-presidente, hoje réu no STF e sob a iminência de ser condenado por tentativa de golpe de Estado.
As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Mix Salvador um dia após um ato de pró-anistia convocado por Bolsonaro na avenida Paulista.
“Não é natural você encontrar eleições, e isso tem ocorrido inclusive em outros países do mundo afora, onde a Justiça tem operado justamente para tirar grandes players, especialmente pessoas ligadas à direita, do processo eleitoral. O que há de ilegítimo, o que há de antidemocrático é não permitir que Jair Bolsonaro possa disputar a eleição do próximo ano”, disse Roma
Ex-ministro da Cidadania no governo Bolsonaro, Roma avalia, porém, que caberá ao próprio ex-presidente avaliar o cenário eleitoral. “Ele que está enxergando tudo, está acompanhando, será naturalmente aquele que poderá estar dando a direção dessas eleições. Ele é que vai perceber como é que o Brasil está avançando. Enquanto o povo estiver com Bolsonaro, ele naturalmente será esse porta-voz”, disse.
Ele rechaça a tese de que houve tentativa de golpe em 8 janeiro de 2023 e vê a anistia aos envolvidos como uma “causa humanitária”. Ao criticar as penas impostas pelo STF, o ex-ministro cita o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos de prisão por ter pichado a frase ‘Perdeu, mané’, em uma estátua da Justiça, chamando-a de “senhora” cuja arma foi um “batom”. A pena total imputada a ela, contudo, não se limita ao fato de ela ter vandalizado a peça tombada, mas, sim, ao conjunto de cinco crimes.
“Anistia, é importante esclarecer isso para muitos baianos, não quer dizer anistia de Bolsonaro. A única condenação que Bolsonaro tem é a reunião que ele fez com embaixadores. Anistia é uma causa humanitária porque ocorreu, sim, um ato em Brasília no 8 de janeiro, ocorreram atos de vandalismo, de depredação de patrimônio, mas está muito longe de uma operação de golpe de Estado que pressupunha-se um engajamento de forças militares.”
“O que há de errado nisso é essa dosimetria. É essa utilização de uma legislação, muitas vezes até inexistente, para colocar pessoas, senhoras, idosos, jovens que estavam lá. Como essa senhora, que era uma manicure e estava com um batom, e essa foi a arma dela, colocar por mais de 10 anos na cadeia, em regime fechado. Enquanto, por outro lado, você vê uma Justiça que passa a mão na cabeça de bandidos, que libera sequestrador, que libera traficante de droga”, afirmou Roma.
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