Publicado em 09/04/2025 às 10h32.

Comissão do Senado aprova porte de arma para advogados brasileiros; entenda

A proposta é de autoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Redação
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

 

A Comissão de Segurança Pública do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (8) um projeto de lei que autoriza advogados de todo o Brasil a portar armas de fogo, desde que para defesa pessoal e mediante o cumprimento de exigências legais. A proposta, de autoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), agora segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Segundo matéria do InfoMoney, o texto recebeu parecer favorável do relator Alessandro Vieira (MDB-SE), que promoveu ajustes e defendeu que a proposta não representa uma “liberação indiscriminada” de armamento. Para obter o porte, os profissionais precisarão comprovar o exercício efetivo da advocacia e atender aos critérios já exigidos pela legislação vigente: idoneidade, aptidão técnica e psicológica.

Para Vieira, a medida busca garantir um tratamento isonômico entre advogados, juízes e membros do Ministério Público, que já possuem prerrogativa semelhante. “Embora desempenhem funções distintas, todos integram corpos técnicos essenciais à função jurisdicional do Estado”, afirmou o relator.

O projeto impõe restrições para o porte: não será permitido usar a arma em fóruns, tribunais, presídios, estabelecimentos de ensino, templos religiosos, estádios esportivos e locais com regras específicas de segurança. A regulamentação da autorização caberá ao Conselho Federal da OAB.

Além do projeto sobre porte de armas, a Comissão também aprovou outras três propostas:

-Aumento de penas para crimes de furto, roubo e receptação (relatoria do senador Hamilton Mourão);

-Agravamento de punições para crimes cometidos contra motoristas de transporte público, privado ou por aplicativo;

-Inclusão dos crimes de corrupção ativa e passiva no rol dos crimes hediondos.

Todos os projetos agora aguardam análise da Comissão de Constituição e Justiça.

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