Publicado em 09/04/2025 às 22h00.

Em Honduras, Lula comenta tarifaço e fala em ‘efeito devastador’ na economia mundial

Lula citou a postura do governo brasileiro e disse que haverá reciprocidade, caso, ao final das negociações, as tarifas se mantenham

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Após participar da Celac (Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos), em Honduras, o presidente Lula (PT) falou com jornalistas e se mostrou preocupado com decisões unilaterais dos Estados Unidos de aplicar tarifas em produtos de todos os parceiros comerciais do planeta.

O petista apontou riscos de um “efeito devastador” na economia mundial. “Nós não sabemos qual vai ser o efeito devastador disso na economia. É preciso saber quanto vai custar isso do ponto de vista do preço dos produtos, da relação multilateral”, criticou Lula nesta quarta-feira (9).

O líder brasileiro comentou a nova decisão do presidente dos Estados Unidos (EUA), que aumentou ainda mais as tarifas contra a China, ao mesmo tempo em que reduziu as cobranças adicionais para outros 75 países.

Lula disse que método sinaliza a intenção de um confronto direto com os asiáticos e põe em xeque a sustentabilidade do multilateralismo e equilíbrio entre os países.

“Me parece que tá ficando cada vez mais visível que é uma briga pessoal [de Trump] com a China. Ora, querer fazer negociação individual é colocar fim no multilateralismo. E o multilateralismo é muito importante para a tranquilidade econômica que o mundo precisa. Não é aceitável a hegemonia deum país, nem militar, nem cultural, nem industrial, nem tecnológica e nem econômica sobre os outros”, disse o presidente do Brasil.

Lula citou a postura do governo brasileiro e disse que haverá reciprocidade, caso, ao final das negociações, as tarifas se mantenham. “Vamos utilizar todas as palavras de negociação que o dicionário permitir. Depois que acabar, nós vamos tomar as decisões que entendermos serem cabíveis”, finalizou.

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