Publicado em 10/04/2025 às 10h00.

Tarifaço de Trump não impactou geração de emprego no Brasil, diz ministro de Lula em Salvador

Luiz Marinho (Trabalho) afirmou que escalada da guerra comercial contra a China poderá abrir uma janela de oportunidades para importação

Alexandre Santos / Carolina Papa
Foto: Gabriela Araújo/bahia.ba

 

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira (10) que o tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump não impactou a geração de empregos no Brasil. A declaração foi dada durante uma agenda em Salvador, ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

“No cenário global, nós temos crescido bastante, gerando emprego a cada mês. Vamos continuar gerando, a economia está no rumo certo, crescendo, e vamos continuar”, afirmou Marinho a jornalistas.

O ministro disse que escalada da guerra comercial anunciada por Trump contra a China poderá abrir uma janela de oportunidades para a importação brasileira —hoje sob taxa de 10%. “A China vai deixar de exportar para os Estados Unidos e vai deixar também de importar, ou seja, não importa para os Estados Unidos, pode importar para o Brasil. Abre também janelas de oportunidades. Nós temos que olhar com essa serenidade para poder ver como a gente pode crescer ainda mais”, disse.

Nesta quarta-feira (9), Trump afirmou que vai elevar a taxação das importações da China para 125%, com efeito imediato. Até então, a taxação adicional para o país asiático estava em 104%. Trump também disse que reduziria a taxação de 75 países para 10% por 90 dias —caso do Brasil—enquanto negocia com os chefes de Estado e governo desses países.

Apesar do recuo, Marinho disse não ser possível prever um cenário economicamente mais estável. “Acho que ninguém sabe o que vai acontecer no dia seguinte. Hoje, aparentemente, tem a sinalização de um recuo do presidente americano. Agora, um momento de turbulência também é um momento de oportunidades. O Brasil tem que ter muita serenidade, como estamos tendo.”

“O presidente Lula dá toda a orientação para o governo. Chama a atenção do empresariado para que a gente trabalhe com o pé no chão, cautela, sangue frio, cabeça fria, para poder olhar também não somente os problemas que advêm das medidas do governo americano”, afirmou.

 

 

 

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