Bolsas europeias sobem com recuo de Trump sobre tarifaço contra a China
Mercado reage com otimismo à suspensão parcial das tarifas; União Europeia também anuncia trégua comercial

Os principais índices das bolsas europeias encerraram esta quinta-feira (10) em alta, após passarem o dia no azul. A reação positiva do mercado foi motivada pelo recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação às tarifas impostas à China.
O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias, subiu 3,93%, alcançando 488,34 pontos. Em Londres, o FTSE 100 avançou 3,04%, atingindo 7,9 mil pontos. Já o DAX, de Frankfurt, teve alta de 4,53%, fechando em 20,5 mil pontos. Em Paris, o CAC 40 subiu 3,83%, encerrando o pregão aos 7,1 mil pontos.
Nesta quinta, a Casa Branca esclareceu que os produtos chineses estão sujeitos a tarifas de até 145%. O valor inclui os 125% anunciados por Trump como retaliação e os 20% já em vigor desde janeiro, aplicados como medida contra o tráfico de fentanil, segundo o governo americano.
Essas novas tarifas intensificam ainda mais a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Trump decidiu suspender por 90 dias a aplicação total do “tarifaço” anunciado na semana anterior, o que trouxe alívio aos mercados globais. O aumento da tarifa de 125% continua valendo apenas para produtos chineses. Já os demais países terão taxas reduzidas temporariamente para 10%. Para o Brasil, que já estava sujeito à tarifa mínima, nada muda.
Com esse recuo, os índices das bolsas europeias abriram o pregão em alta, e os mercados asiáticos também fecharam no positivo.
Na noite de quarta (9/4), Trump suavizou o tom em relação à China, sugerindo a possibilidade de um acordo. A China, por sua vez, havia imposto tarifas de 84% sobre produtos dos EUA no início da semana.
Durante entrevista na Casa Branca, Trump elogiou o presidente chinês, Xi Jinping, a quem chamou de “amigo”, demonstrando otimismo sobre as negociações.
A União Europeia também anunciou que irá suspender por 90 dias as tarifas de retaliação de 25% que seriam aplicadas aos EUA. A Comissão Europeia afirmou que os líderes do bloco acreditam haver espaço para avançar nas negociações com o governo americano, visando reduzir ou até eliminar as tarifas comerciais.
As medidas de retaliação haviam sido aprovadas após os EUA imporem tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio europeus, além de outras de 20% sobre diversos produtos.
Se mantidas, as sanções da UE teriam impacto de 20 bilhões de euros (cerca de R$ 129,5 bilhões) e afetariam itens como soja, carne, suco de laranja, motocicletas e produtos de beleza.
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