Secretário nacional diz que prefeitos fazem ‘populismo’ com segurança pública

Mario Sarrubbo pede que políticos tratem a área como uma questão de Estado, não de governo

Redação

Foto: Issac Amorim/Ministério da Justiça

O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, criticou o movimento de prefeitos para aproximar as atribuições de guardas civis municipais às de forças policiais. Para Sarrubo, trata-se de mero “populismo”.

As declarações do secretário foram feitas na noite desta quinta-feira (10), em evento da Escola Superior de Advocacia da OAB de São Paulo.

“Eu terminaria dizendo que o ministério é um entusiasta das guardas civis, que elas foram para a PEC [da segurança] e que a ideia era essa, mas continuam, sim, sendo guardas. E que os nossos prefeitos parem de fazer populismo com segurança pública, parem de usar segurança pública como plataforma política, parem de dizer que só eles é que vão resolver a segurança pública, porque não será município, estado ou União”, disse Sarrubbo.

“Quem vai resolver a questão são os três entes federativos, que atuem de forma integrada e desde que cada um de nós, em especial nossos políticos, tratem a segurança pública como uma questão de Estado, não de governo.”

Ele, no entanto, defendeu a integração como forma de definir o papel das guardas no trabalho de segurança pública. O secretário afirmou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública prepara um projeto de lei para criar ações de qualificação, como cursos de formação e nivelamento de guardas, e fomentar o uso de câmeras em uniformes e de padronização do uso da força nas corporações municipais.