Publicado em 15/04/2025 às 15h01.

Vereador acusa oposição de politizar pauta ambiental: ‘Quanto pior, melhor para eles’

Para Téo Senna, críticos da medida estão interessados em 'promover o caos' e relembrou episódios semelhantes durante obras do BRT

Otávio Queiroz
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

O vereador Téo Senna (PSDB), vice-líder do governo Bruno Reis na Câmara Municipal de Salvador, acusou a oposição de usar a pauta ambiental como instrumento político, em meio à polêmica envolvendo o leilão de áreas verdes promovido pela prefeitura. Em entrevista ao bahia.ba, nesta terça-feira (15), ele afirmou que os críticos da medida estão interessados em “promover o caos” e relembrou episódios semelhantes durante as obras do BRT.

“Isso é o que eles fazem sempre. Para eles, quanto pior [a situação da cidade], melhor. Um exemplo claro disso foi o que vimos durante as obras do BRT. Até Boulos veio para cá. Felizmente, as obras venceram as questões jurídicas e hoje o BRT está aí, auxiliando na mobilidade da cidade, funcionando lado a lado com a vegetação”, declarou o vereador ao bahia.ba.

Téo também defendeu a popularidade da gestão de Bruno Reis (União Brasil), reeleito com ampla maioria, como resposta ao que chamou de “tentativa de desgastar a imagem da prefeitura”. “Eles se esquecem que Bruno foi reeleito com quase 80% dos votos. Então, é evidente que a população quer manter o governo atual, um governo que realiza obras”, reforçou.

Apesar da crítica, o vereador reconheceu a legitimidade da decisão judicial que suspendeu o leilão do terreno no Morro do Ipiranga e defendeu o cumprimento da liminar. “A decisão jurídica está acima de qualquer decisão. A discussão vai continuar, mas hoje é preciso obedecer o que foi determinado”, pontuou.

Justiça suspende leilão e polêmica se intensifica

O embate político acontece após a Justiça Federal suspender, na véspera do certame, o leilão de uma área localizada no Morro do Ipiranga, na Barra. A decisão liminar, assinada pelo juiz Alex Schramm de Rocha, aponta “irregularidades significativas” no edital, como a ausência de informações claras sobre as restrições ambientais do imóvel, classificado como Área de Preservação Permanente (APP).

A suspensão atendeu a uma ação movida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA), com base em laudos técnicos do Ministério Público estadual. Segundo os documentos, a área possui declividade superior a 45 graus, vegetação de restinga e risco de erosão, o que impediria construções.

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da oposição, tem sido uma das principais vozes contra o leilão. Na manhã desta terça-feira, ela participou de um ato no local ao lado de artistas, ambientalistas e representantes de movimentos sociais. “O prefeito quer vender a encosta do Morro do Ipiranga, uma das últimas áreas verdes da orla de Salvador, sem escutar a população”, disse.

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) também rebateu as críticas, negando que o terreno tenha relevância ambiental. “Vai lá nessa área verde e vê se você acha uma grama. Verde é o que a prefeitura fez: já plantou 130 mil árvores”, declarou.

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